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Mísseis de defesa enviados pela Rússia chegam à Síria

Carregamento inicial foi entregue, disse o ditador Bashar Assad em entrevista. Segundo a Rússia, objetivo é impedir intervenção estrangeira no conflito sírio

Por Da Redação
30 Maio 2013, 06h42

Em uma entrevista que será transmitida na íntegra na noite desta quinta-feira pela televisão libanesa Al Manar, o ditador sírio Bashar Assad afirmou que seu país já recebeu um primeiro carregamento de mísseis de defesa provenientes da Rússia, que no início da semana anunciou que entregaria sofisticados mísseis antiaéreos S-300 à Síria com o objetivo de tentar impedir qualquer intervenção externa na guerra civil que atinge há mais de dois anos a nação do Oriente Médio.

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“A Síria recebeu o primeiro lote de mísseis russos S-300 e, em breve, receberá o restante”, afirmou Assad à TV libanesa, ligada ao grupo terrorista Hezbollah, que é aliado do regime de Damasco. A declaração de Assad foi adiantada nesta quinta pelo jornal libanês Al Akhbar (A Notícia). Durante a entrevista, o ditador sírio falou também das conquistas das forças do regime frente aos rebeldes e garantiu que possui o apoio de alguns países do Golfo.

A entrega dos mísseis antiaéreos russos ocorre poucos dias depois da União Europeia ter anunciado a suspensão do embargo sobre a entrega de armas aos rebeldes sírios, medida criticada por Moscou. O governo do presidente Vladimir Putin, parceiro militar da Síria, disse por meio do vice-ministro de Relações Exteriores, Sergei Ryabkov, que a decisão da União Europeia serviria para “jogar lenha na fogueira” e, para criar um “fator de estabilização” do conflito, iria enviar os mísseis do sistema de defesa – o contrato para a entrega dos S-300 foi assinado há alguns anos com o governo sírio.

Ameaças a Israel – Na entrevista, o ditador Bashar Assad também ameaçou Israel, dizendo que responderá a qualquer ataque futuro em seu território. No início deste mês, os israelenses realizaram ataques aéreos ao território sírio para impedir a transferência de armas para o Hezbollah, grupo terrorista libanês que apoia o regime de Bashar Assad e que poderia ameaçar a integridade de seu país. A Síria considerou o ataque como uma “declaração de guerra“.

O ditador também sugeriu que pode dar início a novos conflitos nas Colinas de Golã, região que tem se mantida estável nos últimos 40 anos. Segundo Assad, há uma forte “pressão popular” para que ele dê início a uma campanha militar contra israelenses, que ocupam o local desde 1967.

Conferência de paz – Também nesta quinta-feira, a Rússia acusou a oposição síria de impedir o início de um processo político capaz de contornar o conflito no país por não concordar com a presença de Bashar Assad na mesa de diálogo. “Essa condição é impossível de ser cumprida”, afirmou o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, ao comentar a decisão da Coalizão Nacional Síria de exigir um calendário que determina a ausência de Assad como condição para o grupo de oposição participar da conferência de paz que Moscou e Washington organizam.

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Rússia e Estados Unidos anunciaram, em 7 de maio, que tentariam colocar o governo de Assad e seus adversários frente a frente numa conferência para buscar um fim ao conflito de 26 meses, em que mais de 80 000 pessoas foram mortas. A participação do ditador é um dos pontos de maior divergência, e é defendida pelos russos mas não pelos americanos.

“Dá impressão que a Coalizão Nacional e seus patrocinadores regionais fazem de tudo o possível para impedir o começo do processo político e para alcançar uma intervenção militar na Síria”, declarou Lavrov. Segundo o ministro russo, essas posturas são “inaceitáveis” já que, segundo a Rússia, “a Coalizão Nacional não é a única representante do povo sírio”.

“Esta coalizão não tem nenhuma plataforma construtiva. A única coisa que defendem é a renúncia imediata de Assad”, completou Lavrov. “Confio em que haverá forças sensatas entre os americanos e os europeus que possam pôr freio nas posturas absolutamente inaceitáveis da Coalizão Nacional”, finalizou o ministro russo.

(Com agência EFE)

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