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Ministro palestino morre durante protesto contra colônias israelenses

Testemunhas afirmam que Ziad Abu Ein inalou gás lacrimogênio e foi agredido por soldados

Por Da Redação
10 dez 2014, 10h37

(Atualizado às 13h20)

O responsável palestino para Assuntos das Colônias e do Muro, Ziad Abu Ein, cargo com status de ministro, morreu nesta quarta-feira quando tropas israelenses reprimiram um protesto contra a expansão das colônias judaicas na Cisjordânia, informou um porta-voz da Autoridade Nacional Palestina (ANP).

De acordo com a ANP, Abu Ein inalou gás lacrimogênio disparado pelas tropas israelenses e, após sofrer problemas respiratórios, entrou em coma durante 30 minutos.

Testemunhas, entre elas fotógrafos das agências AFP e Reuters, afirmaram que o ministro também foi golpeado por soldados. Uma fotografia mostra um policial de fronteira agarrando Abu Ein pelo pescoço.

O dirigente foi levado para um hospital em Ramallah, mas morreu assim que chegou ao local. Segundo a família do ministro, Abu Ein, que tinha 50 anos, sofria de diabetes e pressão arterial elevada.

Fontes do exército israelense afirmaram que o caso está sendo investigado. De acordo com o jornal israelense Haaretz, as autoridades israelenses acreditam que Abu Ein sofreu um ataque cardíaco. Os palestinos pretendem realizar uma autópsia para determinar a causa da morte e concordaram com a presença de um perito israelense durante o procedimento.

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O incidente ocorreu em uma área recentemente confiscada para a ampliação de um assentamento judaico na localidade de Turmusaia, próxima a Ramallah. O protesto dos palestinos previa um ato de plantio de oliveiras na área.

De acordo com relato de uma testemunha, os soldados israelenses, apoiados pela Polícia de Fronteiras, dispersaram as cerca de 100 pessoas que participavam do ato com o uso de gás lacrimogêneo e balas de borracha.

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O presidente da ANP, Mahmoud Abbas, condenou o que chamou de “ataque brutal” e disse que esse foi “um ato bárbaro que não pode ser tolerado ou aceito”.

Abu Ein tinha sido designado há apenas um mês para o cargo.

Em protesto contra a morte, centenas de palestinos em Ramallah fecharam suas lojas e atiraram pedras contra soldados israelenses.

O incidente ocorre em um momento de bastante tensão na região. Nas últimas semanas, 11 israelenses foram assassinados por palestinos em diversos ataques. Do outro lado, 13 palestinos, incluindo vários terroristas, foram mortos pelos israelenses.

(Com agência EFE)

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