Milhares de civis fogem dos intensos combates no norte da Síria
Mais 30.000 pessoas tiveram de deixar a região devido aos violentos combates entre jihadistas e rebeldes nos últimos dois dias
Nas últimas 48 horas, milhares de civis fugiram dos violentos combates entre as forças do regime, os rebeldes e os jihadistas no norte da Síria, que fragilizam ainda mais a trégua e as negociações de paz. Na província de Aleppo, as forças governamentais sírias lutam nesta sexta-feira ao mesmo tempo contra os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) e da Frente al-Nusra, o braço sírio da Al-Qaeda, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
Mais de 200 combatentes de diferentes facções morreram desde domingo, segundo um comunicado do Observatório.
O fluxo de deslocados aumentou ainda mais com a fuga de ao menos 30.000 pessoas pelos combates entre jihadistas e rebeldes nos últimos dois dias, afirmou a organização Human Rights Watch (HRW). Muitos tentaram atravessar a fronteira com a Turquia, mas foram recebidos por tropas armadas.
A organização pediu à Turquia que abra sua fronteira. “Os civis fogem dos combatentes do EI e a Turquia responde com disparos de balas reais em vez de sentir compaixão por eles”, lamentou Gerry Simpson da HRW.
A alternativa para cerca de 5.000 pessoas foram os campos de refugiados próximos à cidade síria de Azaz, onde foram registrados ataques recentes do Estado Islâmico.
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O EI tomou na quinta-feira seis localidades da província de Aleppo. A mais importante delas é Hiwar Kallis, situada a um quilômetro da fronteira, segundo o OSDH.
Colinas estratégicas – O exército e as milícias pró-regime enfrentam o EI em Khanaser, no leste de Aleppo, ao mesmo tempo em que também combatem a Frente Al-Nusra, aliada com grupos rebeldes nas colinas de Handarat, um setor estratégico situado vários quilômetros ao norte. Estas colinas são importantes porque dominam a rota de abastecimento dos rebeldes que controlam vários bairros de Aleppo, segundo o Observatório.
(Com AFP)