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Mesmo ausente, Trump é o destaque do debate republicano

O pré-candidato bilionário adotou uma estratégia considerada inteligente. Escapou das perguntas espinhosas e fez um discurso transmitido ao vivo por emissoras nacionais

Por Da Redação
29 jan 2016, 06h49

Mesmo ausente, o bilionário Donald Trump “participou” ativamente do debate desta quinta-feira entre os pré-candidatos republicanos à Casa Branca. Ele foi o principal alvo de seus concorrentes, que não se cansaram de fazer diversas críticas e referências irônicas. O último debate antes do início das primárias, nesta segunda, no Estado de Iowa, teve a participação dos senadores Ted Cruz, Marco Rubio e Rand Paul (Kentucky); do cirurgião Ben Carson; dos governadores Chris Christie e John Kasich; e do ex-governador Jeb Bush.

Enquanto os pré-candidatos se esforçavam para se destacar expondo suas propostas para o país, Trump armou um contra-ataque e fez um discurso televisionado pelas emissoras CNN e MSNBC enquanto a Fox News exibia o debate. Com isso, o magnata nova-iorquino contou com duas janelas de espaço na televisão somente para ele, enquanto sete de seus rivais políticos eram submetidos a uma exaustiva saraivada de perguntas e respostas. Ainda que canhestra (nenhum candidato que foge de um debate tende a ganhar pontos entre os eleitores), a estratégia de Trump revelou-se inteligente. De acordo com analistas políticos americanos, o magnata escapou das perguntas diretas que muito provavelmente não seria capaz de responder e ainda apareceu sozinho em duas TVs nacionais.

O ápice dos ataques a Trump veio com uma imitação do magnata feita pelo senador Ted Cruz. Emulando a voz e o gestual de Trump, Cruz disse: “Sou maníaco e todo mundo nesta tribuna é burro, gordo e feio. E Ben, você é um cirurgião horrível”, arrancando muitos risos da plateia e dos demais pré-candidatos no auditório municipal de Des Moines, em Iowa.

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Nos debates anteriores e ao longo da campanha, Trump foi o rei dos ataques pessoais contra os adversários, incluindo Cruz e, sobretudo, o ex-governador da Flórida Jeb Bush, que não perdeu a oportunidade de alfinetá-lo. “Eu sinto falta do Donald Trump. Ele era um ursinho de pelúcia para mim. Sempre tivemos uma relação amorosa nesses debates, no intervalo e nos tuítes”, brincou Bush. Depois, se esforçando para soar irônico, finalizou: “Queria que ele estivesse aqui”.

Trump se negou a participar do debate, por causa de uma briga que se arrasta há meses com a Fox News. O empresário acusa a rede de parcialidade, alegando que a apresentadora Megyn Kelly não é justa em suas perguntas. Foi a própria Megyn, inclusive, que ressaltou a ausência de Trump, ao pedir aos pré-candidatos que “falassem do elefante que não está na sala”.

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Debate – Além das referências ao magnata, o debate transcorreu de forma tranquila, mas não sem confrontos entre os senadores de origem cubana Ted Cruz e Marco Rubio. Os dois trocaram acusações, especialmente sobre as posições de cada um diante do futuro dos cerca de 11 milhões de imigrantes em situação ilegal nos EUA – latinos, em sua maioria. Cruz acusou Rubio de ter apoiado um projeto de regularização em massa no Senado americano, em 2013. “A verdade é, Ted, que, durante essa campanha, você disse, ou fez, qualquer coisa para ganhar votos”, rebateu Rubio.

Durante duas horas, os candidatos discutiram sobre Segurança Nacional, extremismo e sobre as estratégias para combater o grupo Estado Islâmico. Cada um se apresentou, sem surpresa, como a melhor alternativa para comandar as Forças Armadas americanas. E diante das seguidas referências a Trump, quem acabou se beneficiando foi a favorita entre os concorrentes democratas, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton. Ela foi criticada, mas bem menos que o “elefante que não está na sala”.

Pesquisas – Em nível nacional, Donald Trump continua subindo. Na enquete recente da CNN feita com eleitores republicanos, Trump registra 41%, contra 19% de Cruz. Mais de dois terços dos republicanos acreditam em que o bilionário será o candidato do partido na disputa pela Casa Branca.

(Da redação)

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