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Membros do Conselho de Segurança da ONU choram com vídeo de ataque contra crianças sírias

Vítimas de menos de quatro anos foram expostas à substância química durante uma ofensiva do Exército sírio na província de Idlib, segundo relatos

Por Da Redação
17 abr 2015, 23h42

Os representantes dos países membros do Conselho de Segurança da ONU foram às lágrimas nesta sexta-feira após a exibição de um vídeo em que médicos tentavam ressuscitar, sem sucesso, três crianças atingidas por um ataque com gás clorídrico. As vítimas, todas com menos de quatro anos de idade, foram expostas à substância química durante uma ofensiva do Exército sírio contra quatro vilarejos na província de Idlib, ao noroeste do país, em 16 de março. Segundo a rede BBC, seis pessoas morreram e 206 sofreram sintomas relacionados à exposição aos gases tóxicos.

Ativistas sírios disseram que helicópteros do Exército lançaram cinco barris contendo gás clorídrico contra a população. Os médicos relataram que muitos chegaram ao hospital com sérias dificuldades para respirar. O gás clorídrico é utilizado com frequência no meio industrial, mas seu uso como arma é banido pela Convenção de Armas Químicas. O regime de Bashar Assad negou qualquer envolvimento no ataque. O ditador foi obrigado a assinar o acordo que proíbe o uso de substâncias tóxicas como armas após as Forças Armadas sírias matarem mais de mil pessoas em um ataque químico na periferia da capital Damasco, em agosto de 2013.

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Samantha Power, a representante dos Estados Unidos no Conselho de Segurança, disse aos repórteres que todos se emocionaram com o vídeo. “Esse registro documental será usado em algum momento num tribunal”, afirmou. Presente na reunião, Zaher Sahloul, presidente da Sociedade Médica Sírio-americana, disse que muitos dos diplomatas ficaram chocados com a filmagem. “Alguns estavam chorando. Eles claramente foram afetados pelo que viram e ouviram, porque muitos deixaram de lado os termos diplomáticos e pediram para que os responsáveis fossem levados à Justiça”.

O ataque na província de Idlib ocorreu dias após o Conselho de Segurança da ONU ter aprovado uma resolução condenando o uso de gases tóxicos na Síria. Os diplomatas afirmam que o país estará sujeito a uma intervenção militar estrangeira se o ditador Bashar Assad mantiver a estratégia de atacar a população com armas químicas. Os representantes afirmam que somente o Exército dispõe dos helicópteros ouvidos pelas testemunhas nos vilarejos, mas a Rússia, que possui poder de veto e mantém uma estreita aliança com o governo sírio, afirma que não há provas suficientes para culpar Damasco pelos ataques químicos.

(Da redação)

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