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Manifestações contra mudanças climáticas põem pressão na Cúpula de Paris

Cerca de 20 mil pares de sapatos foram colocados na Praça da República, na capital francesa, para marcar a ausência de manifestantes depois dos ataques do Estado Islâmico

Por Da Redação
29 nov 2015, 10h47

Milhares de pessoas se uniram neste domingo em um dos maiores atos contra o aquecimento global, de Sidney a Berlim, para por pressão sobre os líderes mundiais reunidos em Paris para a Cúpula do clima. Cerca de 20 mil pares de sapatos foram colocados na Praça da República, na capital francesa, para marcar a ausência de manifestantes depois dos ataques do Estado Islâmico que matou 130 pessoas no dia 13 de novembro e levou a França a banir os protestos que estavam planejados para acontecer durante a Cúpula. Os organizadores afirmam que o Vaticano enviou um par de sapatos em nome do papa Francisco. Um ativista, vestido de branco e com asas de anjo, carregava um placa com os dizeres “carvão mata”.

Mais de 2 000 eventos estão acontecendo em cidades como Sidney, Berlim, Londres, São Paulo e Nova York, transformando esse dia no que talvez seja o maior manifesto contra as mudanças climáticas já feito no mundo, às vésperas da Cúpula, que começa nesta segunda-feira.

Em Sidney, cerca de 45 000 pessoas marcharam através do distrito de negócios até a Opera House. Entre eles, o prefeito da cidade, Clover Moore, que afirmou na sua conta do Twitter que esta era a maior manifestação contra as mudanças climáticas já ocorrida na cidade. Os manifestantes tinham faixas com os dizeres como “Não há Planeta B” e “Diga não à queima de florestas nacionais por eletricidade”. Em Hong Kong, dois manifestantes carregaram um urso polar de isopor com uma faixa dizendo “sem casa e com fome” e “por favor, ajude” por causa do derretimento do círculo polar Ártico.

Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da China, Xi Jinping, estarão entre os mais de 140 líderes na abertura da Cúpula.

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Ativistas na França reduziram seus planos quando o governo impôs estado de emergência depois dos ataques em Paris e baniram as marchas na capital francesa sob alegação de riscos para segurança. Mas os manifestantes planejam formar uma corrente humana, com cerca de 3 400 pessoas unidas no que seria o percurso de três quilômetros entre o centro de Paris, a Praça da República até a Praça das Nações. “Esse é o momento para o mundo dar as mãos”, disse Ian Keith, diretor de campanhas do Avaaz e um dos organizadores do protesto.

Alix Mazounie, da Rede Francesa Ação Climática, afirma que os ativistas consideram que a corrente humana não irá violar o estado de emergência. “Isso não é desobediência civil”, afirmou. A corrente será quebrada sempre que cruzar uma rua para não atrapalhar o trânsito, explicou a ativista. Para enfatizar os riscos de segurança, o governo francês pôs 24 ativista sob prisão domiciliar antes da Cúpula, informou o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, no sábado, afirmando que eles eram suspeitos de planejar protestos violentos.

(com agência Reuters)

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