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Avião desaparecido: Interpol está ‘inclinada’ a descartar ação terrorista

Polícia internacional também não acredita que passageiros iranianos que embarcaram com passaportes roubados teriam ligações com extremistas

Por Da Redação
11 mar 2014, 06h05

Atualizado às 10h05

A Interpol praticamente descartou uma ação terrorista como motivo do desaparecimento do voo MH370. Em entrevista concedida nesta terça-feira, em Lyon, na França, o secretário-geral da polícia internacional, Ronald Noble afirmou que a Interpol está “inclinada a descartar” terrorismo no caso. “Quanto mais informações temos, mais nós estamos inclinados a concluir que não se trata de um incidente terrorista”, afirmou.

As suspeitas de uma ação de grupos extremistas aumentaram após a revelação do embarque de dois passageiros com passaportes roubados. A polícia internacional e as autoridades da Malásia não acreditam que estas pessoas teriam ligações com terroristas. Os dois passageiros em questão eram jovens iranianos que entraram na Malásia com passaportes válidos, mas estariam tentando imigrar para a Europa com documentos falsos, disse Noble – de acordo com a CNN. Os iranianos foram identificados como Pouria Nour Mohammadi, de 18 anos, e Delavar Seyed Mohammad Reza, de 29. Anteriormente a polícia da Malásia já havia identificado Mohammadi, usando um nome ligeiramente diferente.

Em um pronunciamento na manhã desta terça-feira, a polícia malaia confirmou que não acredita que o jovem tenha ligações com o terrorismo e que o mais plausível é que ele estivesse tentando viajar ilegalmente para a Alemanha. “Não é provável que ele seja membro de um grupo terrorista”, afirmou o inspetor-chefe de polícia Khalid Abu Bakar. Segundo ele, as autoridades do país conseguiram entrar em contato com a mãe do iraniano, que estaria esperando a chegada de seu filho em Frankfurt.

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A polícia da Malásia também divulgou imagens dos dois passageiros capturadas pelas câmeras de segurança do aeroporto. Ao contrário do que afirmou o diretor geral do Departamento de Aviação Civil da Malásia na segunda-feira, nenhum deles se parece com o jogador de futebol Mario Balotelli.

O Boeing 777 da Malaysia Airlines desapareceu com 239 pessoas a bordo no último sábado, quando voava de Kuala Lumpur para Pequim. Apesar da enorme área de busca e dos esforços conjuntos de diversos países, nenhum sinal do avião foi encontrado até agora e o mistério envolvendo o desaparecimento continua.

Imigração ilegal – A hipótese de que os dois passageiros com passaportes roubados no voo MH370 eram imigrantes ilegais – e não terroristas – ganha força com outros relatos colhidos pela imprensa internacional. De acordo com o jornal Financial Times e a rede americana CNN, que citam fontes policiais tailandesas, as passagens dos dois foram compradas em dinheiro por um iraniano chamado Kazem Ali em uma agência de viagens da Tailândia. Ali teria dito que os bilhetes eram para dois amigos que estariam voltando para a Europa. Segundo a agente que atendeu o iraniano, ele teria pedido a rota mais barata para o continente europeu, sem especificar o voo Kuala Lumpur-Pequim. Em outro relato, um jovem iraniano residente na Malásia disse para a BBC que um amigo, também iraniano, embarcou com passaporte falso no Boeing 777 com a intenção de chegar à Europa.

Sem vestígios do avião ou pistas de seu sumiço, o inspetor-chefe de polícia deixou claro durante a coletiva que nenhuma hipótese está descartada. Khalid Abu Bakar citou quatro áreas de investigação que tratam da possibilidade da tragédia ter sido causada pelo fator humano: sequestro, sabotagem e problemas psicológicos ou pessoais envolvendo passageiros ou tripulantes.

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Buscas – Depois de quase quatro dias sem que nenhum sinal do avião da Malaysia Airlines fosse encontrado, as autoridades decidiram expandir ainda mais a área de buscas, que agora incluem o oeste da península malaia, que não estava na rota do voo. Nove países estão envolvidos nas operações de resgate, que conta com quarenta navios e 34 aeronaves. A China mobilizou dez de seus satélites de alta resolução para encontrar o avião. Dois terços dos passageiros do voo MH370 eram cidadãos chineses.

Nesta terça-feira, a Malaysia Airlines afirmou que o Boeing 777 passou por uma revisão treze dias antes do desaparecimento. Segundo a companhia, nenhum problema foi encontrado na inspeção. A Malaysia Airlines disse também que todos os seus aviões são equipados com um sistema que transmite informações de forma contínua e automática, mas que não recebeu nenhum alarme do avião desaparecido.

(Com agência EFE)

O desaparecimento do Boeing 777

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