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Mãe queima filha viva por se casar sem permissão no Paquistão

Este foi o terceiro crime desse tipo no período de um mês no país

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 21h06 - Publicado em 8 jun 2016, 12h47

Uma mulher foi presa nesta quarta-feira no Paquistão acusada de torturar e queimar até a morte a própria filha, que casou sem sua permissão. Zeenat Bibi, de 17 anos, foi encharcada de querosene e queimada por sua mãe, Perveen Bibi, em sua casa da cidade oriental de Lahore uma semana depois de se casar, contou o porta-voz policial da região, Matloob Hussain. Esse foi o terceiro crime dessa natureza no período de um mês no Paquistão, onde são comuns os ataques a mulheres que desrespeitam tradições conservadoras relacionadas ao casamento.

O porta-voz explicou que a família pediu à vítima que retornasse à casa após fugir com seu marido para realizar uma cerimônia matrimonial. “Ela não queria retornar para sua família porque temia que a matassem. Mas eu dei permissão depois que um de seus tios garantiu sua segurança. Deixei que fosse”, disse o marido, Hassan Khan, à televisão paquistanesa Geo. Khan disse à polícia que viu como vários familiares a agarravam enquanto a mãe jogava combustível e lhe ateava fogo.

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No dia 30 de maio, Maria Sadaqat, professora de 19 anos, foi torturada e queimada viva por um grupo de homens após rejeitar um pedido de casamento do filho do dono da escola onde ela lecionava na cidade de Murree, próxima à capital. Maria morreu em decorrência dos ferimentos na quarta-feira passada, dois dias depois da agressão.

Em meados de maio, moradores de um vilarejo perto de Abbottabad mataram uma adolescente, também queimando-a viva, porque a garota ajudou uma amiga a fugir para se casar sem a permissão da família.

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Crimes de honra – Este tipo de crime é muito frequente no sul da Ásia e costuma envolver homens de uma família que consideram uma afronta que transgride a conservadora moral familiar das sociedades locais.

Em 2015, 923 mulheres foram vítimas desse tipo de crime no país, segundo um relatório da Comissão de Direitos Humanos do Paquistão (HRCP), que adverte que esse número esconde uma realidade ainda maior que fica fora dos registros.

A ativista cineasta Sharmeen Obaid Chinoy ganhou neste ano seu segundo Oscar pelo documentário em curta-metragem A Girl in the River: The Price of Forgiveness (Uma Garota no Rio: o Preço do Perdão, em tradução livre), que conta a história de Saba Qaiser, uma sobrevivente de um desses “crimes de honra” – em 2014, Saba casou-se sem o consentimento dos pais e, como punição, foi baleada na cabeça e jogada no rio pelo próprio pai.

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(Com EFE)

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