O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, advertiu nesta quarta-feira aos opositores que não irá renunciar ao cargo e que está disposto a continuar lutando para “vencer” a direita e o “império arrogante”. Falando do Palácio Miraflores, sede do Executivo venezuelano, Maduro disse para “deixar a oposição com as suas loucuras e obsessões”.
Opositores venezuelanos anunciaram ontem que irão convocar um referendo para tentar tirar Maduro do poder e pediram para a população sair às ruas aumentando a pressão sobre o governo. “A Mesa da Unidade Democrática (MUD) tomou a decisão unânime de convocar o povo da Venezuela a formar o maior movimento de pressão popular que já existiu para ativar todos os mecanismos de mudança”, disse o secretário executivo da coalizão opositora, Jesús Torrealba, em coletiva de imprensa.
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Torrealba disse também que o Parlamento quer impulsionar uma emenda constitucional para reduzir o mandato presidencial e convocar eleições ainda neste ano. Em dezembro, a oposição venezuelana conquistou a “supermaioria” – dois terços dos assentos – na Assembleia Nacional. Vitória histórica representa revés para a hegemonia chavista após 17 anos no poder.
(Da redação, com ANSA)