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Maduro decreta diminuição dos dias úteis para amenizar crise de energia

Além da seca, fenômeno sazonal e previsível, a falta de investimentos compromete e setor energético venezuelano. Governo congelou tarifas e o setor elétrico não cresce

Por Da Redação
7 abr 2016, 08h57

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reduziu nesta quarta-feira os dias úteis da semana de trabalho no país de cinco para quatro, uma medida que faz parte de um plano de dois meses para atender à emergência nacional ocasionada pela seca. Maduro estabeleceu, através de um decreto presidencial que será publicado nesta quinta-feira, “todas as sextas-feiras como dias não laborais a partir desta semana, durante os meses de abril e maio”, segundo ele mesmo anunciou através do canal estatal de televisão VTV, sem detalhar se esta medida abrangerá os setores público e privado. O “plano de atendimento de emergência” será de oito semanas.

Além da seca, fenômeno sazonal e previsível, a falta de investimentos compromete e setor energético venezuelano. Junto com as estatizações desastrosas de companhias privadas de geração de energia, feitas pelo ex-presidente Hugo Chávez, o governo mantém as tarifas congeladas e as empresas restantes não investem, pois não conseguem obter lucros. Aliado à má gestão, há ainda o problema da corrupção. Ao longo dos anos, muitos funcionários do governo foram acusados de receber propina para viabilizar negócios de aquisições de usinas térmicas, que são mais caras, poluentes e ineficientes em relação às hidrelétricas.

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Em seu pronunciamento, Maduro também ordenou a ampliação da capacidade de autogeração de energia elétrica dos shoppings, que passará de quatro para nove horas, e aqueles que não conseguirem garantir essa capacidade serão objeto de “medidas especiais para garantir a economia”, disse. Maduro não explicou quais seriam as tais “medidas especiais”. “Para Maduro, a melhor maneira de resolver esta crise é reduzir a produtividade do país”, disse Jesús Armas, conselheiro da cidade de Caracas e opositor ao chavismo. “Sextas-feiras livres são pão e circo”, completou.

As autoridades explicaram que as medidas servem para enfrentar as consequências da seca ocasionada pelo fenômeno climático do El Niño, que diminuiu os níveis da represa de Guri, que alimenta a principal usina hidrelétrica do país, e de vários rios e cursos d’água, que estão em seus níveis mais baixos. Mesmo sendo o país com as maiores reservas de petróleo do mundo, a Venezuela tem sofrido frequentes blecautes devido à crise energética. Além disso, foi determinado um plano para o racionamento de água, cujo fornecimento será limitado a poucas horas em várias áreas do país.

(Da redação)

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