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Maduro: ‘Cabello é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo’

Em seu programa de rádio e televisão, o presidente venezuelano saiu em defesa do deputado chavista suspeito de envolvimento com narcotráfico e lavagem de dinheiro

Por Da Redação
20 Maio 2015, 07h54

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse na noite desta terça-feira que quem afronta o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, também afronta a ele, em referência à informação publicada por um jornal americano que garante que Cabello está sendo investigado nos Estados Unidos por suspeita de vínculos com o narcotráfico. “Quem se mete com Diosdado, está se metendo conosco, se metendo comigo, vamos defender Diosdado como defendemos nosso país do ataque dos Estados Unidos”, afirmou o presidente durante seu programa de rádio e televisão semanal Em contato com Maduro.

Na opinião do presidente venezuelano, Cabello “vem sendo vítima” desde janeiro “de um ataque brutal da extrema-direita midiática do eixo Bogotá-Madri-Miami através de meios de comunicação de Miami, do The Wall Street Journal, e da publicação espanhola ABC. “Não é qualquer ataque, é um ataque contra Diosdado, líder do Partido Socialista Unido da Venezuela, quadro fundamental da revolução bolivariana, presidente da Assembleia Nacional”, frisou.

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Maduro anunciou que iniciará “uma campanha nacional e internacional” em defesa de Cabello, do governador do Estado de Aragua, Tareck el Aissami, e de outros dirigentes, que foram vinculados com investigações relacionadas com o narcotráfico por parte dos EUA. “Como podem acusar Diosdado de traficante, por favor? Querem aplicar o modelo que aplicaram em outras realidades, em outras épocas?”, questionou. “Quem se mete com a Venezuela está bem errado, pois a Venezuela tem a reserva moral para enfrentar essas investidas”, acrescentou.

O jornal nova-iorquino The Wall Street Journal reportou nesta segunda que a Justiça americana está investigando há anos funcionários do alto escalão venezuelano sob a suspeita de terem transformado o país sul-americano em um centro global de tráfico de cocaína e lavagem de dinheiro. Entre os funcionários venezuelanos investigados está Cabello, segundo diferentes fontes anônimas consultadas pelo diário. O presidente da Assembleia Nacional negou a informação e considerou que se trata de uma campanha para atacar a Venezuela. Além disso, Cabello exigiu que aqueles que divulgaram essas afirmações apresentem provas.

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Conexão Bolívia-Venezuela-Espanha – Na semana passada, reportagem de VEJA revelou que o partido espanhol de esquerda Podemos foi financiado pela Venezuela e pela Bolívia para facilitar a entrada de cocaína na Europa através da Espanha. De acordo com um relatório secreto de 34 páginas assinado pelo coronel boliviano Germán Cardona Álvarez, cocaína peruana e boliviana partem da Bolívia para a Venezuela em aviões militares, “os quais, por serem oficiais de um Estado, não podem ser interceptados no espaço aéreo internacional”.

As aeronaves Hércules C-130 deixam a Venezuela com armamento militar e retornam carregadas de cocaína e veículos que chegam à Bolívia depois de ser roubados no Brasil. Em Caracas, a droga é lá levada a outros destinos. Dentro desse esquema, diz o relatório, há seis anos, Hugo Chávez, o atual presidente Maduro e o boliviano Evo Morales usaram uma organização chamada Centro de Estudos Políticos e Sociais (Ceps) para financiar o Podemos, da Espanha.

(Da redação)

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