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Londres oferece mais autonomia para a Escócia

Oferta é reação a resultado de pesquisa indicando pela primeira vez vantagem para o 'sim' em plebiscito sobre independência da região

Por Da Redação
8 set 2014, 09h13

O governo britânico ofereceu mais autonomia à Escócia se o ‘não’ vencer no plebiscito sobre a independência da região. A proposta, ainda genérica, foi claramente uma reação ao resultado de uma pesquisa divulgada no fim de semana que colocou o ‘sim’ na frente pela primeira vez, com uma diferença de 51% a 49%. A votação será realizada no próximo dia 18.

A Escócia, governada por Londres desde o começo do século XVIII, ganharia mais autonomia em áreas como impostos, gastos públicos e políticas de bem-estar social, caso os escoceses votem por permanecer no Reino Unido.

“Está claro que a Escócia quer mais controle sobre as decisões que a afetam”, disse no domingo o ministro britânico das Finanças, George Osborne. “Veremos nos próximos dias um plano de ação para dar mais poderes à Escócia”, acrescentou, explicando que as mudanças serão implantadas no momento em que os escoceses votarem ‘não’ à independência. “O relógio estará correndo para a entrega desses poderes, e então a Escócia está no melhor de dois mundos”.

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No entanto, o primeiro-ministro da Escócia, Alex Salmond, descartou a oferta de Osborne, dizendo que ela é apenas um sinal de pânico dos que defendem a continuidade da subordinação da Escócia. “O impulso sem dúvida está decididamente com a campanha do ‘sim'”.

Os dois campos se dividem no movimento Yes Scotland (Sim Escócia), pró-independência, e Better Together (Melhor Juntos), pela manutenção do status quo. Em entrevista à BBC, o chefe da campanha Better Together negou que haja pânico depois da divulgação dos números.

“Estamos em uma posição agora na qual cada voto pode pesar na balança”, disse Alistair Darling. “Mas estou confiante de que vamos vencer porque temos uma visão muito forte e positiva do que a Escócia pode ser, tanto em termos de oportunidades e segurança resultantes de ser parte do Reino Unido, como da existência de um parlamento escocês reforçado, como mais poderes, que é o que as pessoas querem e você pode fazer sem ter que quebrar o país”, defendeu.

Apesar do discurso otimista, a mudança de sentimento do eleitorado, a duas semanas do plebiscito, faz crescer a probabilidade de uma separação que alguns consideravam impensável há poucas semanas. Ao mesmo tempo, aqueles contrários à separação têm colocado em destaque uma série de dificuldades que surgiriam, como a da moeda, a da regulamentação bancária e a da presença de tropas britânicas.

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A pesquisa do instituto YouGov, feita entre 1.084 eleitores escoceses entre os dias 2 e 5 de setembro, indica que 47% dos entrevistados votariam ‘sim’ à independência, enquanto 45% votariam ‘não’. Os demais se disseram indecisos ou afirmaram que não votarão. Excluídos os não votantes e os indecisos, 51% disseram que apoiarão a independência e 49% disseram que votarão ‘não’.

O instituto avalia que a campanha pela independência é vista como mais energética e mais otimista, mobilizando eleitores jovens e trabalhadores, enquanto a campanha pelo ‘não’ é vista como mais negativa e mais apoiada no medo do que uma mudança poderá trazer.

Outro levantamento divulgado no fim de semana apontou vantagem para o ‘não’, de 52% a 48%.

(Com Estadão Conteúdo)

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