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Países europeus tentam acordo de paz para a Ucrânia

França, Alemanha, Ucrânia e Rússia fazem reunião em Minsk na quarta. Chanceler britânico acusou Putin de agir como um "tirano" em relação a Kiev

Por Da Redação
8 fev 2015, 10h51

Os líderes europeus que negociam a crise ucraniana realizaram uma conferência telefônica com os presidentes da Rússia e da Ucrânia neste domingo e concordaram em trabalhar por um acordo de paz a ser discutido em uma reunião de cúpula em Minsk, na Bielorrússia, na quarta-feira, disse um porta-voz alemão da chanceler Angela Merkel.

Os quatro líderes – o presidente russo, Vladimir Putin; o presidente ucraniano, Petro Poroshenko; o presidente francês, François Hollande, e Merkel – discutirão um pacote de medidas para alcançar uma “solução abrangente” para o conflito no leste da Ucrânia, disse o porta-voz Steffen Seibert.

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Os trabalhos no pacote continuarão em Berlim nesta segunda-feira, visando efetivamente a reunião em Minsk na quarta-feira, afirmou Seibert. Devem participar da cúpula representantes da Rússia, Ucrânia, França e Alemanha, e também dos separatistas no leste da Ucrânia, acrescentou o porta-voz.

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O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, reforçou neste domingo a rejeição do país à entrega de armas para a Ucrânia. “Eu vejo isso, para dizê-lo abertamente, não apenas como um risco, mas como contraproducente”, disse Steinmeier, na Conferência de Segurança de Munique.

Steinmeier também rebateu as críticas abertas da posição da Alemanha feita por senadores americanos e outras autoridades. A Casa Branca cogita entregar armas à Ucrânia para apoiar a luta do país contra os separatistas pró Rússia, no leste do país.

“Talvez estejamos tão insistentes porque conhecemos um pouco a região”, disse Steinmeier.

O Secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, que discursou após Steinmeier na conferência, não citou a entrega de armas diretamente. Mas insistiu que o Ocidente estava unido em sua resposta à crise Ucrânia e prometeu novas medidas se a Rússia não trabalhar para acalmar os combates, mas não citou quais seriam essas medidas.

“Deixe-me assegurar a todos: não há divisão – não há ruptura”, disse Kerry. “Nós todos concordamos que este desafio não vai acabar através da força militar. Estamos unidos em nossa diplomacia. Mas quanto mais tempo leva, mais vamos ser obrigados a aumentar os custos sobre a Rússia”.

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Crítica britânica – O Reino Unido acusou o presidente russo, Vladimir Putin, no domingo, de agir como um “tirano” em relação à Ucrânia, mas disse que as forças de Kiev não poderiam derrotar o exército da Rússia no campo de batalha e que apenas uma solução política pode acabar com o derramamento de sangue.

“Ucranianos não podem derrotar o exército russo, essa não é uma proposta prática. Tem que haver uma solução política”, disse o ministro das Relações Exteriores, Philip Hammond, à Sky News.

“Este homem (Putin) enviou tropas através de uma fronteira internacional e ocupou o território de outro país em pleno século 21 agindo como se fosse um tirano em meados do século 20. Nações civilizadas não se comportam dessa forma”, acrescentou.

A Rússia nega as acusações ocidentais e ucranianas de que está apoiando ativamente os separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia, enviando regularmente tropas e armas à região.

Os comentários de Hammond foram feitos um dia após a chanceler alemã, Angela Merkel, afirmar que o envio de armas para ajudar a Ucrânia a combater os separatistas não resolveria a crise da região, o que foi duramente criticado pelos políticos norte-americanos.

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(com Reuters e Estadão)

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