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Kiev reforça presença do Exército em cidades do leste

Presidente da Ucrânia também quer revogar a lei, acordada durante assinatura da trégua, que dá mais autonomia para as regiões separatistas do leste

Por Da Redação
4 nov 2014, 12h18

(Atualizada às 15h50)

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, ordenou nesta terça-feira o deslocamento de tropas e reforço da presença do Exército em cidades do leste e sudeste do país consideradas fundamentais para os separatistas pró-Rússia. Segundo a rede BBC, Poroshenko informou que unidades foram designadas para proteger Mariupol, Berdyansk, Carcóvia e o norte da região de Lugansk. O presidente anunciou a ação após uma reunião com chefes de segurança para discutir as eleições feitas pelas regiões separatistas de Donetsk e Lugansk. Analistas temem que a escalada militar no leste ucraniano faça com que a região volte a ser palco de violentos conflitos.

Poroshenko classificou a votação de “farsa” e disse que o ato compromete “todo o processo de paz”. O presidente ucraniano também defende a revogação da lei que dá status especial às regiões de Donetsk e Lugansk. A lei, recém-aprovada, era uma das condições do acordo de cessar-fogo firmado entre Kiev e os separatistas pró-Rússia em 05 de setembro, em Minsk, na Bielorrússia. “Uma das questões que eu vou por na agenda do Conselho de Segurança e Defesa Nacional é o cancelamento da lei sobre o regime temporário de autogoverno em determinadas zonas das regiões de Donetsk e Lugansk”, assinalou o líder ucraniano. Ele explicou que a realização das “pseudoeleições desrespeitou a lei e aguçou a situação”. O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, aumentou o coro das críticas e disse nesta terça que a eleição no leste da Ucrânia no fim de semana foi “infeliz e contraproducente”.

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Mais de 4.000 pessoas foram mortas no conflito, que começou após a derrubada do presidente ucraniano apoiado por Moscou, Viktor Yanukovich, em fevereiro. A Ucrânia e o Ocidente acusam a Rússia de enviar armas e soldados para ajudar os rebeldes. Moscou nega. O acordo de Minsk encerrou os confrontos de grande escala, mas bombardeios esporádicos continuam. Kiev afirma que os separatistas quebraram o acordo firmado no cessar-fogo ao realizarem eleições sem o envolvimento do governo central ucraniano.

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Posse – O chefe insurgente pró-russo Alexander Zakharchenko, eleito no domingo presidente da autoproclamada República Popular de Donetsk, no leste da Ucrânia, tomou posse nesta terça-feira. “Juro servir ao povo da República Popular de Donetsk”, declarou Zakharchenko, um ex-mecânico de 38 anos, durante cerimônia realizada no Teatro de Donetsk. ‘Primeiro-ministro’ da autoproclamada república de Donetsk, Zakhartchenko foi eleito ‘presidente’ com 81,37%, de acordo com pesquisa de boca de urna divulgada pela Comissão Eleitoral instalada para o pleito.

Filho de mineiro, o comandante de unidades rebeldes Zakhartchenko afirmou que seu desejo é “construir um novo Estado, que se tornará legítimo depois das eleições, e recuperar os territórios do leste atualmente sob controle ucraniano”. O Kremlin anunciou que respeita os resultados das eleições. “As eleições nas regiões de Donetsk e de Lugansk transcorreram em calma, com uma taxa de participação elevada”, informou a chancelaria russa em comunicado.

(Com agência Reuters)

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