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Justiça dos EUA confirma que políticos venezuelanos são investigados por tráfico de drogas

Presidente da Assembleia Nacional da Venezuela é suspeito de ser o chefe do tráfico

Por Da Redação
19 Maio 2015, 09h17

Promotores americanos confirmaram que estão investigando vários políticos venezuelanos, incluindo o presidente da Assembleia Nacional, por suspeita de que eles transformaram o país em um “centro global para o tráfico de cocaína” e lavagem de dinheiro, reporta nesta terça o The Wall Street Journal (WSJ). De acordo com o jornal americano, “uma divisão de elite da Agência de Controle de Drogas (DEA, na sigla em Inglês), em Washington e procuradores federais em Nova York e Miami estão construindo casos usando evidências de antigos traficantes de cocaína, informantes próximos de políticos venezuelanos e desertores militares”. Os funcionários americanos envolvidos na investigação falaram com o WSJ em condição de anonimato.

Um dos principais alvos, de acordo com um funcionário do Departamento de Justiça e outras autoridades dos EUA, é o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, considerado o segundo homem mais poderoso do país. “Há amplas evidências para provar que ele é um dos chefes ou o mais alto chefe do cartel”, disse o oficial do Departamento de Justiça. “É definitivamente um dos principais alvos”, completou. Procurado pelo jornal, Cabello não se manifestou.

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No passado, as autoridades venezuelanas rejeitaram as alegações sobre o envolvimento de altos funcionários no comércio de drogas como uma tentativa dos EUA para desestabilizar o governo bolivariano de Caracas. Cabello disse na televisão estatal na semana passada que solicitou uma liminar contra 22 executivos e jornalistas impedindo-os de deixar o país por divulgarem notícias sobre o envolvimento do governo com o tráfico.

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O governo do presidente Barack Obama não está dirigindo ou coordenando as investigações, que são realizadas pelo Ministério Público Federal, que tem poderes constitucionais para perseguir os suspeitos de traficarem drogas para os EUA. No entanto, se as investigações resultarem em denúncia formal contra Cabello e outros políticos venezuelanos, a crise entre Washington e Caracas poderia entrar no período mais agudo desde que o ex-presidente Hugo Chávez assumiu o poder há 16 anos, avalia o WSJ.

Conexão Bolívia-Venezuela-Espanha – Na semana passada, reportagem de VEJA revelou que o partido espanhol de esquerda Podemos foi financiado pela Venezuela e pela Bolívia para facilitar a entrada de cocaína na Europa através da Espanha. De acordo com um relatório secreto de 34 páginas assinado pelo coronel boliviano Germán Cardona Álvarez, cocaína peruana e boliviana partem da Bolívia para a Venezuela em aviões militares, “os quais, por serem oficiais de um Estado, não podem ser interceptados no espaço aéreo internacional”.

As aeronaves Hércules C-130 deixam a Venezuela com armamento militar e retornam carregadas de cocaína e veículos que chegam à Bolívia depois de ser roubados no Brasil. Em Caracas, a droga é lá levada a outros destinos. Dentro desse esquema, diz o relatório, há seis anos, Hugo Chávez, o atual presidente Maduro e o boliviano Evo Morales usaram uma organização chamada Centro de Estudos Políticos e Sociais (Ceps) para financiar o Podemos, da Espanha.

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(Da redação)

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