Justiça manda prender companheira do sequestrador de Sydney
Acusada de homicídio, Amirah Droudis estava em liberdade após pagar fiança
Um tribunal da Austrália determinou nesta segunda-feira que seja revogada a liberdade sob fiança da companheira do extremista que manteve reféns durante 16 horas em um café de Sydney, num incidente que provocou três mortes, incluindo a do o sequestrador.
A corte decidiu mandar de volta para prisão Amirah Droudis, que foi solta sob pagamento de fiança após ter sido acusada no ano passado por homicídio. Ele é suspeita de ter matado a antiga esposa do Man Haron Monis. Agora, Droudis ficará detida enquanto aguarda julgamento.
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Monis, que foi acusado de ser cúmplice do assassinato, também respondia pelo mesmo crime quando invadiu o café. Assim como Droudis, ele respondia ao crime em liberdade após pagar fiança.
Críticas – As autoridades australianas foram criticadas por permitirem que Monis, que já havia manifestado opiniões extremistas e também respondia por dezenas de acusações por assédio, estivesse solto. Ele nunca chegou a ser incluido numa lista de suspeitos que precisavam de vigilância. Após o ataque ao café, na semana passada, houve uma série de pedidos por um endurecimento do sistema de fiança na Austrália.
Durante o cerco ao café, Monis tentou associar a ação ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI). Ele chegou a pedir aos negociadores uma bandeira do grupo jihadista que semeia o terror na Síria e no Iraque e para falar com Abbott em uma transmissão ao vivo – os pedidos não foram atendidos. Os reféns, contudo, foram obrigados a exibir na janela do café uma bandeira com a inscrição da shahada, “Alá é único e Maomé é seu profeta”, uma expressão de fé comum ao mundo islâmico, que foi cooptada por grupos jihadistas.