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Argentina condena 15 à prisão perpétua por mortes na ditadura

O grupo foi acusado de torturar e matar 135. Outras quatro pessoas foram sentenciadas a 12 ou 13 anos de prisão e dois réus foram absolvidos

Por Da Redação
25 out 2014, 13h07

Quinze pessoas, entre militares da reserva e civis, foram condenadas à prisão perpétua por violações dos direitos humanos cometidas durante a ditadura na Argentina (1976-1983). A condenação aconteceu na sexta-feira, em um tribunal de La Plata (62 quilômetros da capital Buenos Aires). Outras quatro pessoas foram sentenciadas a doze e treze anos de prisão e dois réus foram absolvidos.

O grupo foi acusado de torturar e matar 135 pessoas, entre elas, a filha de Estela de Carlotto, líder da organização Avós da Praça de Maio, grupo que luta para encontrar familiares desaparecidos durante a ditadura. Segundo a acusação, as violações dos direitos humanos aconteceram em um centro clandestino de detenção, conhecido como “La Cacha”, na periferia de La Plata.

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Estela Carlotto compareceu ao julgamento acompanhada do neto Guido Montoya, de 36 anos, o qual reencontrou recentemente, após quase quatro décadas de busca. Os dois se abraçaram, enquanto o público aplaudia a leitura da sentença. O julgamento foi transmitido pela internet pelo Centro de Informação Judicial.

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Em seus 37 anos de existência, a organização Avós da Praça de Maio, fundada por Carlotto, conseguiu devolver a identidade de 115 bebês roubados na ditadura. Outros 400 filhos de presos políticos desaparecidos são procurados até hoje. Este ano, Carlotto recebeu distinções e reconhecimento internacional por seu trabalho humanitário na organização.

Entre os réus condenados, o ex-chefe da polícia de Buenos Aires, Miguel Etchecolatz, que acumulou a segunda condenação à prisão perpétua. Além dos militares da reserva, também foram julgados membros do Serviço Penitenciário e civis, como o ex-funcionário do regime Jaime Smart. Desde que foram anuladas as Leis de Anistia no país, há dez anos, 547 ex-militares e ex-policiais foram condenados. Dos ditadores, o único ainda vivo é o ex-general Reynaldo Bignone, de 85 anos, que cumpre seis condenações por graves violações dos direitos humanos. Cerca de 30.000 pessoas desapareceram na ditadura, segundo grupos argentinos de defesa dos diretos humanos.

(Com agência Fracce-Presse)

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