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Justiça americana divulga documentos incriminatórios sobre a Universidade Trump

Segundo os documentos publicados, a ex-escola de negócios do pré-candidato republicano usava táticas de venda agressivas e mentirosas

Por Da Redação
1 jun 2016, 19h55

A Justiça americana publicou nessa quarta-feira documentos que acusam a Trump University, a ex-escola de negócios imobiliários e empreendedorismo do pré-candidato republicano à Presidência dos EUA Donald Trump, de utilizar táticas de marketing agressivas e fraudulentas. A universidade teve de fechar suas portas em 2010, após o início do processo judicial que investiga fraudes no seu sistema de ensino.

Os documentos judiciais revelam que a equipe de vendas da universidade distribuía aos seus funcionários uma série de dicas sobre como convencer e enganar os alunos para que se inscrevessem nos cursos mais caros. As acusações foram feitas com base em documentos internos vazados e depoimentos de antigos funcionários da universidade, que se posicionaram durante a investigação para a ação judicial que corre na Justiça americana desde 2013 contra a Trump University.

Nos documentos divulgados constavam partes desses manuais que detalham as técnicas de venda: impulsionavam eventuais clientes a desembolsar até 35.000 dólares (125.500 reais) para “se formarem” nas matérias e, assim, conseguirem uma fortuna como a de Trump.”Digam-lhes que encontraram a solução para os seus problemas e uma maneira de mudar suas vida”, indica um dos manuais, que dá detalhes desde a localização das cadeiras até a temperatura ideal para se persuadir alguém.

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“Enquanto a Trump University declarava querer ajudar os consumidores a ganhar dinheiro no setor imobiliário, de fato a universidade apenas estava interessada em vender a todos as aulas mais caras que pudesse”, denunciou o ex-funcionário da instituição Ronald Schnackenberg em um dos depoimentos presentes nos documentos acusatórios divulgados nessa quarta. Outro ex-funcionário, Jason Nicholas, reconheceu ao testemunhar que as aulas eram lecionados por “pessoas sem qualificações” suficientes. Nicholas afirmou também que os professores “ensinavam métodos eticamente incorretos e que tinham pouca ou nenhuma experiência na apresentação de propriedades e na concretização de verdadeiros negócios imobiliários”. “Era uma fachada, uma mentira total”, disse.

Trump negou que sua escola enganasse os alunos. A pré-candidata democrata Hillary Clinton, contudo, descreveu o empreendimento como um “esquema fraudulento”. Segundo ela, a universidade foi “utilizado para fazer de presa aqueles que menos podiam pagar por ela”.

A extinta universidade é alvo de duas ações judiciais coletivas movidas desde 2013. As principais acusações são de que a empresa enganava seus alunos ao não cumprir as promessas de que os ensinaria todos os segredos de vendas imobiliárias de Donald Trump e que os professores seriam os principais ‘braços direitos’ do magnata. Os documentos divulgados fazem parte dessa investigação e foram publicados sob ordem do juiz da Califórnia Gonzalo Curiel. Trump sempre defendeu sua universidade e acusa de parcialidade o juiz encarregado do caso, dizendo que ele seria desfavorável por ser “mexicano”. Curiel nasceu em Indiana, centro-oeste dos Estados Unidos.

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(Da redação)

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