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Santos toma posse e diz que Colômbia vai avançar ‘com ou sem as Farc’

Discurso do presidente ao iniciar segundo mandato teve como foco processo de paz com a narcoguerrilha, ponto nevrálgico de seu governo

Por Da Redação
7 ago 2014, 19h59

Ao tomar posse nesta quinta-feira de seu segundo mandato como presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos fez um discurso reconhecendo que os recentes ataques das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) ameaçam o diálogo de paz com o governo. Manter as negociações com a narcoguerrilha, iniciadas em 2012, será o maior desafio dos próximos quatro anos para Santos, que ainda não conseguiu apresentar resultados concretos para os colombianos, que desconfiam do plano de paz. “Serão os colombianos que vão referendar o acordo final que seja alcançado. E quero fazer uma advertência: os atos de violência das últimas semanas são uma contradição inaceitável e põem em risco o processo”, disse o presidente, segundo declarações divulgadas pela imprensa colombiana.

Santos ressaltou que os esforços de seu governo estarão voltados para garantir a segurança do território e a proteção das comunidades. “Senhores das Farc, vocês estão avisados. A guerra continua enquanto não se chega a um acordo, disso nós sabemos. Mas deixem as crianças, as mulheres e os civis fora de suas ações violentas”, disse. No início deste mês, um ataque das Farc provocou a morte de uma menina de 2 anos em uma aldeia na cidade de Miranda, no sudoeste do país. A guerrilha também atacou a instalações elétricas e petrolíferas.

“Vou ser claro: a Colômbia continuará avançando em uma agenda de justiça social e de construção da paz; seguirá avançando no desenvolvimento rural, no fortalecimento da democracia, na luta contra o narcotráfico, na reparação das vítimas…com ou sem as Farc”, acrescentou o presidente.

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O mandatário afirmou que o diálogo entrou na fase final, “a etapa mais difícil e mais exigente”. Dos cinco pontos em negociação pelo prazo de um ano, houve acordo para apenas três: reforma agrária, abandono do narcotráfico e participação política de guerrilheiros – e o terceiro, defendido por Santos, é rejeitado por mais de 70% da população. Ou seja, os negociadores nem sequer chegaram aos itens mais complicados, que são o desarmamento do grupo e a punição aos guerrilheiros que cometeram crimes de sangue. Por isso, muitos cidadãos sentem que Santos está sendo manipulado pelas Farc, que nem precisaram renunciar à violência sentar à mesa de negociação.

Política – A Corte Constitucional do país deu ontem um passo decisivo para a negociação ao aprovar a entrada na política dos membros das Farc que deixarem as armas. Esta era uma das decisões mais esperadas pelo governo. Por seis votos a três, o tribunal decidiu que poderão entrar para a política os que tenham cometido delitos “menores”. O Congresso ainda vai definir quais são esses delitos.

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