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Dançarina admite à Corte que estava na cabine do Costa Concordia

A jovem moldávia Domnica Cemortan reconheceu que era amante de Francesco Schettino e estava com ele no momento em que o navio se acidentou

Por Da Redação
29 out 2013, 17h04

A dançarina moldávia Domnica Cemortan admitiu nesta terça-feira a uma Corte italiana que mantinha um relacionamento amoroso com o capitão do navio de cruzeiro Costa Concordia, Francesco Schettino, informou a rede BBC. Pressionada pelas autoridades, a jovem loira reconheceu que estava dentro da cabine de controle no momento em que o transatlântico bateu contra rochas em frente à ilha de Giglio, em janeiro de 2012. O naufrágio acabou provocando a morte de 32 pessoas.

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Segundo a BBC, Domnica é apontada como uma das prováveis causas que levaram Schettino a navegar próximo à costa italiana. A imprensa local diz que o capitão poderia ter se distraído com a mulher na cabine ou tentado executar a manobra arriscada para se gabar. Perante a Corte, Domnica afirmou que entrou na embarcação sem pagar o valor da passagem horas antes do naufrágio. Ela também jantou com Schettino naquela noite. “Quando você é a amante de alguém, ninguém te pede uma passagem”, disse a jovem no tribunal.

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Domnica também disse ter trabalhado para a companhia que operava o Costa Concordia durante três semanas em dezembro de 2011. Ela conheceu Schettino em um cruzeiro anterior. Após o navio bater contra as rochas, o capitão teria dito para a jovem “salvar a sua vida”. Ela afirmou ao júri que ajudou outros passageiros a abandonar a embarcação antes de entrar em um bote salva-vidas por contra própria.

A Corte deverá ouvir o depoimento de pelo menos 1.000 sobreviventes do Costa Concordia. Em outra audiência realizada nesta terça-feira, o maître do navio, Antonello Tievoli, disse que pediu ao capitão para navegar próximo à ilha de Giglio porque tinha parentes na região, informou a agência de notícias Associated Press. Schettino tentou a manobra no dia 6 de janeiro, mas ficou desapontado com o resultado e pediu ao timoneiro para traçar um novo plano de navegação para uma próxima viagem. Uma semana depois, o Costa Concordia se chocou com as rochas.

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Justiça – O julgamento de Schettino pelo naufrágio começou no dia 17 de julho em um teatro de Grosseto com capacidade para acolher todas as partes envolvidas no processo. Schettino pode pegar uma pena de até 20 anos de prisão pelos crimes de homicídio culposo múltiplo, abandono de embarcação, naufrágio e, inclusive, por não ter informado às autoridades portuárias sobre a colisão.

No último dia 20 de julho, um juiz ratificou as penas de prisão de outros cinco acusados, entre tripulantes e um diretor da empresa proprietária do navio. Eles receberam sentenças de 18 a 34 meses de prisão. No entanto, nenhum dos condenados foi preso, pois as penas inferiores a dois anos de prisão foram suspensas. No caso das mais longas, cabe apelação, com a possibilidade de serem substituídas por serviços comunitários.

Operação – Em 17 de setembro, as autoridades concluíram uma operação de dezenove horas para endireitar o Costa Concordia. O processo completou um dos mais complexos e caros projetos de recuperação de naufrágios de todos os tempos. Os custos da operação foram avaliados em 800 milhões de dólares. Mergulhadores enviados ao navio também encontraram os restos mortais de um jovem garçom que trabalhava no transatlântico. A passageira italiana Maria Grazia Trecarichi continua desaparecida desde o acidente.

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