Israel condena membro do Hamas à prisão perpétua
Hussam Kawasmeh foi considerado culpado por envolvimento na morte de três adolescentes judeus no ano passado. Crimes resultaram em nova onda de violência
Um tribunal militar de Israel condenou nesta terça-feira um membro do Hamas à prisão perpétua por participação no assassinato de três jovens israelenses na Cisjordânia, no ano passado. O palestino Hussam Kawasmeh também terá de pagar 63.000 dólares (170.000 reais) em indenização às famílias das vítimas, informou a rede BBC.
Os estudantes Gilad Schaer e Naftali Frenkel, de 16 anos, e Eyal Yifrach, de 19, foram sequestrados e mortos em junho do ano passado nas proximidades da cidade de Hebron. A ação teria sido uma retaliação à ocupação israelense dos territórios palestinos. Os crimes deram início a uma nova rodada de violência, que culminou com um conflito em Gaza, região governada pela organização terrorista.
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Kawasmeh, de 40 anos, foi preso em agosto ao tentar cruzar a fronteira com a Jordânia. Uma comissão de três juízes o condenou a três penas de prisão perpétua por homicídio, participação em grupo que cometeu assassinato e obstrução da justiça, entre outras acusações.
Morador de Hebron, Kawasmeh não foi citado como suspeito em um primeiro momento. No entanto, documentos foram enviados pelo governo israelense à Suprema Corte afirmando que ele confessou em interrogatório ter organizado o sequestro e ajudado a enterrar os corpos e a destruir provas, segundo os documentos.
Na audiência desta terça, o promotor militar israelense alegou que o membro do Hamas não viu os jovens como humanos e os matou por serem judeus, conforme informação da imprensa israelense. A Corte o considerou culpado pelo “assassinato a sangue frio de três jovens que estavam voltando para suas casas e famílias”.]
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Dois outros membros do Hamas suspeitos de terem executado os jovens após apanhá-los quando pediam carona em uma estrada perto de um assentamento judaico morreram em uma troca de tiros com forças israelenses em seu esconderijo na Cisjordânia, em setembro.
Depois da morte dos adolescentes, um jovem palestino foi incinerado em Jerusalém, em um ataque apontado como represália pelos assassinatos dos três estudantes.
(Com agência Reuters)