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Irmã do rei terá que sentar no banco dos réus por suspeita de fraude

Juiz não aceita recomendação do Ministério Público e determina que princesa continue incluída no processo contra seu marido

Por Da Redação
22 dez 2014, 08h40

A infanta Cristina, irmã do rei Felipe VI da Espanha, vai mesmo sentar no banco dos réus por uma acusação de dois delitos fiscais que teria cometido ao lado do marido Iñaki Urdangarín. Há duas semanas, o Ministério Público da Espanha havia pedido o arquivamento das acusações mais graves contra a princesa, praticamente limitando a pena ao pagamento de uma multa – o que parecia sinalizar que ela se livraria de um julgamento. Só que o juiz José Castro decidiu ignorar a recomendação e determinou que Cristina vai continuar incluída no processo.

Essa será a primeira vez que um membro da família real espanhola sentará no banco dos réus de um tribunal. A princesa Cristina e seu marido, que é acusado de desvio de verbas públicas, negam ter cometido qualquer irregularidade.

Cristina pagou na semana passada uma multa de 587.413 euros (cerca de 1,9 milhão de reais) aos cofres públicos – soma que o Ministério Público afirma ter sido desviada pelo seu marido por meio da empresa Aizoon, de propriedade de Cristina e Urdangarin.

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Apesar de ter pedido o arquivamento em um primeiro momento, o Ministério Público continuou a apontar que Cristina se “beneficiou” dos desvios promovidos por Urdangarin.

A infanta Cristina de Bourbon, como ela é conhecida na Espanha, é a filha mais nova do ex-rei Juan Carlos. Se for condenada, ela pode pegar até 8 anos de prisão.

Iñaki Urdangarin é um ex-jogador profissional de handebol que atuou pela seleção espanhola em três Olimpíadas e durante dezesseis anos pelo time do Barcelona.

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Contra ele pesam acusações mais pesadas como desvio de recursos públicos, fraude, prevaricação, falsidade em documento público, falsidade em documento mercantil, dois delitos contra a Fazenda Pública e lavagem de dinheiro. Ele pode ser condenado a 19 anos de prisão.

Em 2011, o jornal El País revelou o escândalo de corrupção mostrando que o Instituto Nóos, administrado por Urdangarin e Cristina, recebeu entre 2004 e 2007 contratos no valor aproximado de 6 milhões de euros (cerca de 19 milhões de reais) de entidades públicas para promover trabalhos de incentivo ao esporte que nunca foram realizados. Parte do valor acabou indo parar nos cofres da Aizoon. A promotoria afirma que o casal usou a verba para pagar despesas pessoais.

Além da infanta Cristina e de Urdangarín, outras 15 pessoas serão julgadas por diferentes crimes neste processo, incluindo o sócio dele, Diego Torres, e sua esposa, e Jaume Matas, que foi presidente do Governo regional das Ilhas Baleares e ministro do Meio Ambiente com José María Aznar.

A família real espanhola, que há mais de dois anos excluiu Cristina e Iñaki Urdangarin de todas as cerimônias oficiais, evita comentar o caso.

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O caso sem precedentes para monarquia espanhola colaborou para derrubar a popularidade do rei Juan Carlos, que abdicou em 18 de junho, abrindo espaço para ascensão do filho Felipe.

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