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Para evitar os erros cometidos no Iraque, EUA adotam cautela na Síria

O governo americano anunciou o envio de 100 milhões de dólares para ajuda humanitária aos refugiados da guerra civil síria

Por Da Redação
9 Maio 2013, 22h13

O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta quinta-feira que o governo americano é extremamente prudente no tratamento do conflito da Síria porque teme repetir os erros cometidos durante a invasão e a ocupação do Iraque, em 2003. Em entrevista à revista americana Rolling Stones, Biden diz que o presidente Barack Obama conseguiu recuperar a boa imagem do país durante seus mandatos e os EUA “não querem estragar tudo, como a administração anterior fez no Iraque, falando de armas de destruição em massa”.

As constantes denúncias do uso de armas químicas na Síria e os recentes ataques de Israel contra o território sírio inflamaram a questão da possível intervenção militar direta de países estrangeiros, principalmente dos Estados Unidos. Obama, no entanto, já disse que não pretende enviar tropas para a Síria, a não ser que provas sólidas sejam encontradas e o povo americano julgue que a segurança nacional está ameaçada. Outros membros do governo discordam e achar que o país deve adotar uma posição mais ativa, assim com se posiciona o aliado Israel, que defende o início de uma campanha militar imediata.

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Iraque – A invasão realizada pelas tropas americanas no Iraque foi justificada com a suposta existência desse tipo de armamento no país. No entanto, provas nunca foram encontradas. Atualmente, o país sofre com um pico de violência desde que os soldados dos EUA se retiraram em dezembro de 2011. Segundo a ONU, abril de 2013 foi o mês mais sangrento do país em quase cinco anos, com 712 mortos em ataques a bomba e outros tipos de confronto. A política se mostra dividida em linhas sectárias e os grupos – entre eles os curdos, sunitas e xiitas – não conseguem chegar a um acordo e instalar um governo estável.

Solução política – Para não repetir o erro, os Estados Unidos têm investido em soluções políticas para a guerra civil na Síria, que já dura mais de dois anos e matou mais 70.000 pessoas e deixou um milhão de refugiados. Uma das propostas foi apresentada nesta terça-feira, quando o secretário americano, John Kerry, e o chanceler russo, Sergei Lavrov, concordaram em organizar uma conferência internacional para tentar acabar com o conflito, a partir da instalação de um governo transitória.

Mais cedo nesta quinta, Kerry anunciou que o governo americano desbloqueou oficialmente 100 milhões de dólares destinados a ajuda humanitária para os refugiados do conflito. Metade do valor será enviado para a Jordânia, que recebe um grande fluxo de sírios que fogem do país. Segundo a agência AFP, cerca de 2.000 pessoas cruzam a fronteira entre os dois países diariamente e a Jordânia acolhe cerca de 525.000 refugiados.

(Com agência AFP)

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