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Iranianos celebram acordo nuclear histórico; Israel critica

Benjamin Netanyahu afirmou ao presidente americano Barack Obama que o acordo ameaça a sobrevivência de Israel. Iranianos comemoram acordo nas ruas da capital Teerã

Por Da Redação
3 abr 2015, 10h13

Uma multidão saiu às ruas de Teerã nesta sexta-feira para receber a equipe de negociadores iranianos em seu retorno da Suíça, onde ontem assinaram um acordo preliminar com as grandes potências internacionais sobre o programa nuclear do país. Apesar de elogiado por Estados Unidos e Rússia, Israel chamou o acordo preliminar de “perigoso”. Após o anúncio nesta quinta em Lausanne, na Suíça, dos “parâmetros” deste acordo preliminar histórico negociado há 18 meses, o Irã e as grandes potências devem examinar agora as opções e solucionar os complexos detalhes técnicos, com o objetivo de obter um acordo definitivo até a data limite de 30 de junho.

A assinatura do acordo não significa que a confiança é total. Os países ocidentais advertem que qualquer pacto pode ser revisado se Teerã não cumprir sua parte. Após as negociações na Suíça, com um papel dominante dos EUA, país com o qual o Irã não tem relações diplomáticas, o ministro das Relações Exteriores iraniano, Mohamad Javad Zarif, e sua equipe foram recebidos como heróis por uma multidão. “Viva Zarif, viva Araghchi”, gritaram, em referência ao ministro e a um de seus assessores, Abas Araghchi.

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O acordo preliminar contempla, entre outros pontos, a redução do número de centrífugas no Irã, que passarão de 10.000 ativas a 6.000, e o compromisso de não enriquecer urânio durante 15 anos no complexo nuclear de Fordo, construído em uma montanha, o que significa um difícil acesso e supervisão. Também prevê que as sanções americanas e europeias serão suspensas a partir do momento que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) certificar o respeito de Teerã aos compromissos e que serão restabelecidas se o Irã descumprir o acordo.

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Reações diversas – Nesta sexta-feira, o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, afirmou que a delicada questão do calendário de suspensão das sanções ainda não está resolvida. “Os iranianos querem uma suspensão imediata de todas as sanções. Nós afirmamos: devem ser suspensas à medida que respeitarem seus compromissos. Se não respeitarem, evidentemente, voltaremos à situação anterior”. Moscou afirmou que está disposta a fornecer combustível aos reatores de fabricação russa no Irã e admitiu que “ainda resta muito por esclarecer”.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, citou um “acordo histórico”, mas destacou que deve ser objeto de “verificações sem precedentes” no que diz respeito a sua aplicação. A Arábia Saudita afirmou que espera um “acordo definitivo restritivo” para o Irã, que reforce a estabilidade e a segurança no Oriente Médio, enquanto Israel voltou a criticar o anúncio. “O acordo preliminar é um passo em uma direção muito perigosa”, declarou nesta sexta-feira o porta-voz do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu à imprensa. “O único objetivo do Irã é produzir a bomba atômica”, disse Mark Regev à imprensa.

“Não apenas o acordo deixa o Irã com uma ampla infraestrutura nuclear, com também não resulta no fechamento de uma única instalação nuclear, autoriza Teerã a conservar milhares de centrífugas para seguir enriquecendo urânio e permite continuar com as pesquisas de desenvolvimento para construir novas centrífugas mais potentes”, criticou. Netanyahu afirmou na quinta-feira ao presidente americano Barack Obama que o acordo ameaça a sobrevivência de Israel.

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(Da redação)

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