Os dez marinheiros americanos detidos na noite da última terça-feira pelas autoridades do Irã no Golfo Pérsico foram liberados nesta quarta. O grupo estava em dois navios da Marinha dos Estados Unidos que faziam a rota entre Kuweit e Bahrein e entraram em águas territoriais iranianas. No entanto, o general Ali Fadavi, comandante da Marinha da Guarda Revolucionária do país persa, disse que a “invasão” ocorreu por causa de “problemas mecânicos” nos sistemas de navegação das embarcações. Após as detenções, o secretário de Estado americano, John Kerry, ligou para o chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif, que lhe garantiu a libertação dos soldados “em breve”.
As águas do Golfo Pérsico, especialmente no Estreito de Ormuz, são umas das mais transitadas do mundo e obrigam a passagem por corredores bem definidos. Os EUA têm no Catar e no Kuwait importantes bases militares e centro de operações. Recentemente, o Pentágono se queixou pelas provocações iranianas na área, como o lançamento de um foguete perto do porta-aviões americano “USS Harry S. Truman”, no fim de dezembro.
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No passado, as duas nações passaram por anos de tensão diplomática, principalmente em função do programa nuclear iraniano, uma situação que só começou a arrefecer com o histórico acordo assinado no ano passado.
(Da redação)