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Irã afirma que havia pedido extradição de extremista de Sydney

Chefe da polícia iraniana afirma que autoridades australianas recusaram pedido

Por Da Redação
16 dez 2014, 20h26

As autoridades do Irã afirmaram nesta terça-feira que há 14 anos pediram a extradição de Man Haron Monis, o extremista de origem iraniana que tomou reféns em um café em Sydney, e que as autoridades da Austrália recusaram o pedido. De acordo com o chefe da polícia do Irã, o general Ismail Ahmadi Moghaddam, Monis, de 50 anos, era procurado por suspeita de fraude no país. Monis, cujo nome original era Manteghi Bourjerdi, mudou-se para a Austrália em 1996 na condição de refugiado e havia se estabelecido no país desde então. Na segunda-feira, ele entrou em um café da cidade australiana e fez clientes e funcionários reféns. Após quase 17 horas de cerco, a polícia invadiu o local. Monis e dois reféns morreram.

Segundo Moghaddam, Monis havia fugido do Irã quando surgiram as primeiras acusações. Ele disse que o pedido de asilo do iraniano à Austrália, aceito pelas autoridades locais, foi uma encenação. “Em 1996, ele era o gerente de uma agência de turismo e cometeu fraude. Depois, ele foi para a Malásia e dali para a Austrália usando um nome falso. Como não tínhamos um acordo de extradição de criminosos com a Austrália, a polícia de lá recusou o pedido”, disse, sem detalhar que tipo de fraude Monis teria cometido.

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Na Austrália, Monis passou a cultivar uma imagem de extremista e mudou oficialmente de nome. Ele chegou a ser condenado em 2008 por enviar cartas ofensivas a parentes de soldados australianos que morreram no Iraque e no Afeganistão. Em 2013, ele também passou a ser investigado por suspeita de participação na morte de sua ex-mulher, mas estava respondendo pelo crime em liberdade, após pagar fiança. De acordo com a BBC, Monis também respondia a 40 acusações por agressões sexuais.

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Apesar de todas essas acusações, Monis não havia sido incluído em listas de suspeitos de terrorismo nem estava sendo monitorado pelas autoridades australianas. Nesta terça-feira, o primeiro-ministro Tony Abbott foi questionado sobre isso e disse que o governo vai analisar o que aconteceu. Abbott, no entanto, afirmou que havia possibilidade de o ataque ter acontecido mesmo que Monis tivesse sido incluído na relação de suspeitos que precisam ser vigiados. “O nível de controle que seria necessário para impedir que pessoas conduzissem seus afazeres diários teria que ser muito, muito alto”, disse.

Durante o cerco, Monis tentou associar a ação ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI). Ele chegou a pedir aos negociadores uma bandeira do grupo jihadista que semeia o terror na Síria e no Iraque e para falar com Abbott em uma transmissão ao vivo – os pedidos não foram atendidos. Os reféns, contudo, foram obrigados a exibir na janela do café uma bandeira com a inscrição da shahada, “Alá é único e Maomé é seu profeta”, uma expressão de fé comum ao mundo islâmico, que foi cooptada por grupos jihadistas.

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