Investigação militar dos EUA conclui que ataque a hospital do MSF foi resultado de ‘erro humano’
O ataque aéreo das forças americanas ao hospital da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) no Afeganistão, que matou 30 civis no dia 3 de outubro, foi provocado por “erro humano”, concluiu o inquérito militar dos EUA.
A investigação apontou que os pilotos que conduziram o ataque confundiram a clínica com um edifício do governo afegão que havia sido invadido por militantes do Talibã na cidade de Kunduz, apesar de as coordenadas do hospital do MSF terem sido informadas a todos os envolvidos no conflito. O bombardeio fazia parte de uma campanha para retomar a cidade afegã do controle talibã.
Logo após o ataque, o comandante das forças americanas no Afeganistão, general John Campbell, disse que o ataque foi realizado a pedido do governo afegão, mas no dia seguinte reconheceu que se tratava de um erro e iniciou a investigação.
Representantes da MSR disseram que houve “negligência grosseira” do Exército dos Estados Unidos, e que o incidente constitui “violação das regras de guerra”, reportou a rede britânica BBC. A organização reforçou o pedido de uma investigação independente e imparcial do bombardeio por uma comissão criada por pedido de um Estado sob a Convenção de Genebra, que deve reunir fatos e evidências dos Estados Unidos, do Afeganistão e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Leia mais:
MSF pede investigação independente sobre ataque a hospital de Kunduz
EUA reconhecem que ataque a hospital do MSF ‘foi um erro’
(Da redação)