Inteligência belga sabia que o aeroporto era visado por terroristas
Apesar do aviso prévio, a inteligência e segurança em Bruxelas, sede da maioria das agências da União Europeia (UE), falharam em detectar a gravidade do alerta
Por Da Redação
24 mar 2016, 08h01
Pessoas feridas são resgatadas após ataque terrorista no aeroporto de Zaventem, perto de Bruxelas, na Bélgica - 22/03/2016 (Ketevan Kardava/1tv.ge/Reuters)
Continua após publicidade
Os serviços de segurança e inteligência belgas, bem como outras agências de inteligência ocidentais, tinham “avançados e precisos” avisos sobre a possibilidade de ataques terroristas na Bélgica; reporta o jornal israelense Haaretz. Os serviços de segurança sabiam, “com um elevado grau de certeza”, de que estavam sendo planejados ataques para um futuro muito próximo visando o aeroporto e, aparentemente, o metrô também.
Apesar do aviso prévio, a inteligência e segurança em Bruxelas, sede da maioria das agências da União Europeia (UE), falharam em detectar a gravidade do alerta. Citando fontes da inteligência israelense, o jornal sustenta que era sabido que os terroristas estavam planejando os atentados em Bruxelas em Raqqa, na Síria, cidade considerada a “capital” do Estado Islâmico (EI).
A célula terrorista responsável pelos ataques da terça-feira estava intimamente associada com a rede por trás da série de ataques em Paris em novembro passado. Os terroristas que atuaram em Paris e em Bruxelas eram parte da mesma infraestrutura terrorista ligada a Salah Abdeslam, que participou dos atentados na França e estava foragido em Bruxelas. Abdeslam foi preso na semana passada e sua detenção, aparentemente, foi o gatilho que disparou os atentados na capital belga. Ainda de acordo com o Haaretz, o EI antecipou os atentados pois temia que Abdeslam poderia dar informações sobre os planos nos interrogatórios aos quais seria submetido. A rede de televisão belga VTM, por meio de outras fontes, também noticiou que os atentados seriam na próxima segunda-feira.
A polícia da Bélgica identificou nesta quarta as identidades dos três terroristas que atacaram o Aeroporto Internacional de Zaventem e na estação de metrô Maelbeek: os irmãos Khalid e Ibrahim el Bakraoui, e Najim Laachraoui. Khalid el Bakraoui e Laachraoui se explodiram no aeroporto e Ibrahim foi o homem-bomba do metrô. A polícia belga trabalha ainda com a possibilidade da presença de um quarto terrorista que teria atuado na estação e escapado com vida. O grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou os atentados que deixaram 31 mortos e mais de 260 feridos.
Vídeo: Pessoas desesperadas tentam sair do metrô em Bruxelas
Continua após a publicidade
1/47 Soldado checa identificação de homem, em estação de trem de Bruxelas, na Bélgica, nesta quarta-feira (23), um dia depois dos atentados comandados pelo Estado Islâmico, deixarem dezenas de mortos (Carl Court/Getty Images)
2/47 Aeroporto de Zaventem , na capital da Bélgica, Bruxelas, uma semana após os atentados que deixaram dezenas de mortos (Het Nieuwsblad/Reuters)
3/47 Aeroporto de Zaventem , na capital da Bélgica, Bruxelas, uma semana após os atentados que deixaram dezenas de mortos (Het Nieuwsblad/Reuters)
4/47 Aeroporto de Zaventem , na capital da Bélgica, Bruxelas, uma semana após os atentados que deixaram dezenas de mortos (Het Nieuwsblad/Reuters)
5/47 Aeroporto de Zaventem , na capital da Bélgica, Bruxelas, uma semana após os atentados que deixaram dezenas de mortos (Het Nieuwsblad/Reuters)
6/47 Aeroporto de Zaventem , na capital da Bélgica, Bruxelas, uma semana após os atentados que deixaram dezenas de mortos (Het Nieuwsblad/Reuters)
7/47 Aeroporto de Zaventem , na capital da Bélgica, Bruxelas, uma semana após os atentados que deixaram dezenas de mortos (Het Nieuwsblad/Reuters)
8/47 Aeroporto de Zaventem , na capital da Bélgica, Bruxelas, uma semana após os atentados que deixaram dezenas de mortos (Het Nieuwsblad/Reuters)
9/47 Aeroporto de Zaventem , na capital da Bélgica, Bruxelas, uma semana após os atentados que deixaram dezenas de mortos (Het Nieuwsblad/Reuters)
10/47 Mulher chora e abraça seus filhos em um memorial às vítimas dos ataques em Bruxelas, na Bélgica (Vincent Kessler/Reuters)
11/47 Mulher escreve mensagens de apoio, em parede da Bolsa de Valores de Bruxelas, aos familiares que perderam seus parentes nos atentados, nesta quarta-feira (23) (Christopher Furlong/Getty Images)
12/47 O rei belga Philippe e a rainha Mathilde, em cerimônia realizada nesta quarta-feira (23), próxima à estação de metrô Maalbeek, um dos alvos dos atentados em Bruxelas (Thierry Roge/Reuters)
13/47 Belgas fazem um minuto de silêncio, em memorial dedicado às vítimas dos atentados em Bruxelas, nesta quarta-feira (23) (Christopher Furlong/Getty Images)
14/47 Homem em memorial dedicado às vítimas dos atentados em Bruxelas, na Bélgica, nesta quarta-feira (23) (Christian Hartmann/Reuters)
15/47 Pessoas deixam flores e velas em um memorial às vítimas dos ataques em Bruxelas, na Bélgica (Francois Lenoir/Reuters)
16/47 Um homem se emociona em um memorial às vítimas dos ataques em Bruxelas, na Bélgica (Francois Lenoir/Reuters)
17/47 Membros da segurança do aeroporto e soldados franceses patrulham o interior do aeroporto Internacional Charles de Gaulle, em Roissy, perto de Paris, após os atentados de Bruxelas, na Bélgica (Philippe Wojazer/Reuters)
18/47 Dezenas de pessoas ficaram feridas após ataque terrorista no aeroporto de Zaventem, perto de Bruxelas, na Bélgica - 22/03/2016 (Ketevan Kardava/1tv.ge/Reuters)
19/47 Aeroporto de Zaventem fica destruído após os atentados na capital da Bélgica, Bruxelas, na manhã desta terça-feira (22). O grupo Estado Islâmico assumiu a autoria do ataque (Jef Versele/Reuters)
20/47 Imagem de uma câmera de segurança mostra os suspeitos do ataque terrorista ao aeroporto de Zaventem, na Bélgica - 22/03/2016 (hln.be/Reprodução)
21/47 Velas são acesas em volta da bandeira belga, na Place de la Republique, praça situada em Paris, na França, em homenagem às vítimas dos atentados em Bruxelas, que deixou dezenas de mortos, nesta terça-feira (22) (Philippe Wojazer/Reuters)
22/47 Belgas em frente ao Portão de Brandemburgo, iluminado com as cores da bandeira do país (vermelho, amarelo e preto), em tribuno às vítimas dos atentados em Bruxelas, nesta terça-feira (22). O grupo Estado Islâmico assumiu a autoria dos ataques (Fabrizio Bensch/Reuters)
23/47 Pessoas prestam homenagens às vítimas das explosões na manhã desta terça-feira (22), em Bruxelas, na Bélgica (Charles Platiau/Reuters)
24/47 Belgas prestam homenagens às vítimas dos atentados, próximo ao local dos ataques, na capital Bruxelas, na manhã desta terça-feira (22) (Charles Platiau/Reuters)
25/47 Torre Eiffel, é iluminada com as cores da bandeira belga, em tributo às vítimas dos atentados em Bruxelas, nesta terça-feira (22) (Philippe Wojazer/Reuters)
26/47 Parte da parede de um estacionamento desabou, devido ao impacto da explosão na estação de metrô Maelbeek, durante os atentados na Bélgica, nesta terça-feira (22) (Alexander Koerne/Getty Images)
27/47 Passageiros do metrô são evacuados de um trem em Bruxelas, após uma explosão na estação Maalbeek - 22/03/2016 (EurActiv/Evan Lamos/AFP)
28/47 Homem ajuda uma mulher ferida do lado de fora da estação de metrô Maelbeek em Bruxelas, após ataque terrorista no local - 22/03/2016 (Michael Villa/AFP)
29/47 Passageiros do metrô são evacuados do aeroporto de Bruxelas, em Zaventem após uma explosão provocada por terroristas - 22/03/2016 (Dirk Waem/AFP)
30/47 O presidente da França, François Hollande, presta homenagem às vítimas das explosões na manhã desta terça-feira (22), em Bruxelas, na Bélgica (Thibault Camus/Reuters)
31/47 Policial americano faz segurança da Grand Central Station, estação de trem na ilha de Manhattan, em Nova York, logo após os atentados de Bruxelas, na Bélgica, executados pelo grupo terrorista Estado Islâmico, deixarem dezenas de vítimas, na manhã desta terça-feira (22) (Stephanie Keith/Reuters)
32/47 Pessoas prestam homenagens às vítimas das explosões na manhã desta terça-feira (22), em Bruxelas, na Bélgica (Charles Platiau/Reuters)
33/47 Soldado belga fica de guarda do lado de fora da estação de metrô Maelbeek em Bruxelas, alvo de atentados terroristas nesta terça-feira - 22/03/2016 (Cedric Simon/AFP)
34/47 Equipes de resgate tratam das vítimas do lado de fora da estação de metrô Maelbeek depois de uma explosão em Bruxelas, na Bélgica - 22/03/2016 (Reuters TV/Reuters)
35/47 Pessoas prestam homenagens às vítimas das explosões na manhã desta terça-feira (22), em Bruxelas, na Bélgica (Charles Platiau/Reuters)
36/47 Pessoas feridas são resgatadas após ataque terrorista no aeroporto de Zaventem, perto de Bruxelas, na Bélgica - 22/03/2016 (Ketevan Kardava/1tv.ge/Reuters)
37/47 Homem fica ferido no chão após atentado a bomba no aeroporto de Zaventem, perto de Bruxelas, na Bélgica - 22/03/2016 (Ketevan Kardava/1tv.ge/Reuters)
38/47 Equipes de emergência são vistos na cena de uma explosão fora de uma estação de metrô em Bruxelas, na Bélgica - 22/03/2016 (Reuters TV/Reuters)
39/47 Pessoas deixam o aeroporto de Zaventem, perto de Bruxelas, na Bélgica após atentado com bombas no local - 22/03/2016 (Francois Lenoir/Reuters)
40/47 Uma policial dá orientações no Aeroporto de Bruxelas (Reuter/VEJA.com)
41/47 Duas mulheres deixam o Aeroporto de Bruxelas após as explosões (Francois Lenoir/Reuters)
42/47 Pessoas deixam o aeroporto de Zaventem, perto de Bruxelas, na Bélgica após atentado com bombas no local - 22/03/2016 (Francois Lenoir/Reuters)
43/47 Funcionários do Aeroporto de Bruxelas se abraçam após o ataque terrorista (Francois Lenoir/Reuters)
44/47 A explosão destruiu vidraças do Aeroporto de Bruxelas (Francois Lenoir/Reuters)
45/47 Terroristas atacam aeroporto de Bruxelas (Reprodução/VEJA)
46/47 Militar em uma estação de metrô em Bruxelas (Yves Herman/Reuters)
47/47 Soldados belgas patrulham o metrô de Bruxelas (Yves Herman/Reuters)
Publicidade
Giro VEJA - sexta, 19 de abril
A votação de pautas-bomba na Câmara e a crise entre Israel e Irã
O deputado federal Dr. Luizinho, líder do PP na Câmara, afirmou em entrevista ao programa Três Poderes que existe de fato um problema entre o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o presidente Arthur Lira, mas que cabe ao presidente da República reconstruir essa relação. Dr Luizinho também falou sobre as chamadas pautas-bomba. Trabalhos na Câmara, entrevista com o embaixador do Brasil no Irã e julgamento que trata sobre bloqueio de aplicativos no STF são destaques do Giro VEJA.
Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
a partir de R$ 2,00/semana*
ou
Impressa + Digital
Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
a partir de R$ 39,90/mês
*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.
PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis CLIQUE AQUI.
Premiê ucraniano diz que haverá Terceira Guerra Mundial se Rússia vencer
A mais longa das noites: países árabes cooperaram com Israel contra Irã
Corrupção leva CNJ a avaliar plano de intervenção no Judiciário da Bahia
Filho de Renata Lo Prete diz como se inspira nos horários notívagos da mãe
Elon Musk: quando a liberdade de expressão encontra a fantasia
