A polícia indiana abriu inquérito nesta sexta-feira para apurar suspeita de homicídio culposo (sem intenção) contra a empreiteira que construía um viaduto que desabou na cidade de Calcutá, matando pelo menos 23 pessoas e ferindo dezenas. Equipes de resgate trabalharam durante a noite com guindastes e britadeiras para retirar partes de concreto e vigas de aço do viaduto de 100 metros que desabou atingindo pedestres e veículos na rua abaixo.
Noventa pessoas foram resgatadas, muitas com ferimentos sérios, mas chances de encontrar sobreviventes nos escombros diminuíram, depois de quase um dia passado após o desastre, disse S. Guleria, da Força Nacional de Resposta a Desastres. A governadora Mamata Banerjee, cujo partido de centro-esquerda busca reeleição no próximo mês no Estado de Bengala Ocidental, onde fica Calcutá, disse que os responsáveis não serão poupados e culpou o governo estadual anterior, que autorizou em 2007 a construção do viaduto.
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No entanto, ela mesma enfrenta questionamentos sobre o projeto, que foi assolado por atrasos e temores sobre a segurança da obra que corta uma área densamente habitada da cidade de Calcutá. Um jornal local relatou em novembro que Mamata Banerjee queria o viaduto – que já estava cinco anos atrasado – pronto em fevereiro. Engenheiros do projeto expressaram preocupações com a possibilidade de apressar demais a construção.
(Da redação)