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Rebeldes instauram governo islâmico no Leste da Síria

Grupos rebeldes formaram um conselho religioso para administrar região do país que já está, em grande parte, sob seu controle

Por Da Redação
10 mar 2013, 11h26

Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) informou neste domingo que vários grupos rebeldes islâmicos, entre eles o movimento jihadista Al-Nusra, formaram um conselho religioso para administrar o Leste do país, região em grande parte sob seu controle. Um vídeo divulgado pelo OSDH mostra um comboio de rebeldes que circula pelas estradas da região de Deir Ezzor até chegar à cidade de Mayadeen, onde ocupam um edifício no qual prendem um cartaz que diz “Conselho Religioso da Região do Leste”.

Os rebeldes islamitas, em particular as milícias da Al-Nusra, ganharam várias batalhas no Leste da Síria, uma região petroleira que inclui as províncias de Deir Ezzor, Hassaka e Raqa. A Frente Al-Nusra, desconhecida antes do início da rebelião, teve uma ascensão meteórica a partir de maio de 2012, e afirma publicamente que seu objetivo é instaurar um estado islâmico no país. Já o governo sírio acusa a Arábia Saudita e o Qatar de financiar os grupos islamitas que combatem na Síria.

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Escolha – A oposição síria adiou mais uma vez o encontro que deverá escolher o primeiro-ministro de um governo provisório caso o ditador Bashar Assad seja deposto, afirmaram fontes da coalizão neste domingo. A reunião da Coalizão Nacional Síria para eleger um premiê provisório, que seria realizada em 12 de março depois de ser adiada por uma vez, foi remarcada para 20 de março, mas não está claro ainda se realmente poderá ser realizada, disseram as fontes.

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“Não podemos arriscar mais uma divisão sobre essa questão. A revolução não nasceu caótica”, disse o membro da coalizão Kamal al-Labwani, veterano oposicionista que passou nove anos como prisioneiro político depois que Assad assumiu o posto de seu pai, em 2000. Labwani afirmou que a coalizão está dividida sobre os méritos de formar um governo, com alguns preferindo esperar para ver se os esforços do mediador da ONU Lakhdar Brahimi para formar um governo de transição serão bem sucedidos. Já outros querem a formação de um governo imediatamente para impedir qualquer acordo que possa permitir a Assad continuar no poder, disse Labwani.

Uma segunda fonte da coalizão afirmou que a reunião pode ocorrer em 20 de março e que, mesmo se apenas um pequeno grupo de membros participar, eles poderão aprovar um governo com maioria simples. Osama al-Qadi, um economista que lidera a força-tarefa da oposição que está preparando planos para uma recuperação econômica da Síria após o conflito, tem liderado as preferências para o cargo de premiê depois que o ex-primeiro-ministro Riad Hijab, o civil mais importante a deixar o governo de Assad, retirou sua candidatura. Hijab recebeu oposição de islamitas e liberais na coalizão por causa de seus laços anteriores com a elite dirigente da Síria.

Refugiados – O comissário das Nações Unidas para Refugiados, Antonio Guterres, afirmou neste domingo que o número de refugiados sírios registrados fora do país pode crescer duas ou três vezes até o final do ano. Hoje, são registrados um milhão de refugados fora da Síria. “Se a escalada continuar e nada surgir para resolver o problema, poderemos ter até o final do ano um número muito maior de refugiados”, disse Guterres a jornalistas, em Ancara, capital da Turquia.

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(Com agências Reuters e France-Presse)

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