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‘Horrorizada’ por massacre de civis, ONU adota novo plano de paz para a Síria

Após governo sírio comandar bombardeio que matou 96 pessoas em Damasco, Conselho de Segurança das Nações Unidas finalmente aprovou um acordo que pode ser o princípio do fim da guerra civil que já dura mais de quatro anos

Por Da Redação
17 ago 2015, 21h19

O Conselho de Segurança das Nações Unidas apoiou nesta segunda-feira um novo plano de paz na Síria, votado por seus 15 membros e aprovado por unanimidade. Trata-se do primeiro plano político relativo ao conflito sírio em que todos os países membros do conselho conseguem chegar a um acordo, inclusive a Rússia, que no passado vetou outras resoluções sobre a Síria – o regime do ditador Bashar Assad é aliado e parceiro comercial do Kremlin, que vende ao governo de Damasco inclusive armamento utilizado no combate às forças da oposição.

O plano de paz foi adotado um dia depois de o governo sírio bombardear uma cidade dominada por forças rebeldes perto de Damasco, matando 96 pessoas em um dos ataques mais sangrentos do regime desde o começo da guerra. O diretor de assuntos humanitários da ONU, Stephen O’Brien, disse estar “horrorizado” com o ataque. Em um comunicado oficial, o Departamento de Estados dos Estados Unidos também condenou o bombardeio e reafirmou que Washington “trabalha com seus parceiros para uma verdadeira transição política negociada, sem incluir o presidente sírio Bashar Assad” no processo.

A declaração de 16 pontos redigida pela França era objeto de negociações desde que o representante especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, apresentou ao Conselho de Segurança sua nova proposta para os diálogos de paz no mês passado. O conselho pediu que todas as partes trabalhem para por um fim à guerra civil iniciada há mais de quatro anos, “lançando um processo liderado pela Síria que leve a uma transição política que cumpra as aspirações legítimas do povo sírio”. A iniciativa, que começará em setembro, permitirá instalar quatro grupos de trabalho sobre segurança e proteção, contraterrorismo, questões legais e políticas, bem como sobre a reconstrução do país.

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O embaixador francês nas Nações Unidas, Alexis Lamek, descreveu o acordo como “histórico”. A Venezuela, que cultiva relações próximas com a Síria, afirmou discordar de partes do plano que pedem uma transição política para acabar com o conflito. O representante de Caracas, Rafael Ramírez, disse que o Conselho de Segurança está marcando “um precedente muito perigoso” ao apoiar uma transição que, no seu entender, viola o direito sírio à autodeterminação.

(Com agência France-Presse)

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