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Hong Kong se alinha à China com pacote de reforma política

Como já tinha sido anunciado, as novas regras só permitem candidatos previamente aceitos por Pequim. Estudantes e políticos pró-democracia prometeram lutar contra o projeto

Por Da Redação
22 abr 2015, 14h28

O governo de Hong Kong anunciou nesta quarta-feira seu “mapa do caminho” para a próxima eleição do chefe do Executivo local, um projeto que cede ao desejo da China por eleições controladas, frustrando ativistas e levantando a possibilidade de novos protestos. Assim, como já tinha sido anunciado, os candidatos deverão obter a aprovação prévia de Pequim, medida considerada inaceitável pelo movimento pró-democracia liderado por estudantes. A número dois do governo local, Carrie Lam, apresentou um plano para a eleição por meio de sufrágio universal do chefe do Executivo de Hong Kong em 2017 ao Conselho Legislativo (o Parlamento local).

As eleições serão convocadas respeitando as diretrizes ditadas pela Assembleia Popular Nacional da China, que defende o princípio de “uma voz, um voto”. Mas apenas “dois ou três candidatos” poderão concorrer às eleições, depois que um comitê oficial chinês der sua aprovação. Para o movimento pró-democracia, este processo garantirá perpetuamente a eleição de um candidato fiel a Pequim.

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“Estas propostas são realizadas com base no mais rígido respeito à Lei Fundamental [a Constituição de Hong Kong] e às decisões das autoridades chinesas”, anunciou Carrie. Ela ainda afirmou que as medidas refletem as “opiniões expressadas pelos diferentes segmentos da comunidade”. Em sinal de protesto, dezenas de milhares de pessoas se manifestaram durante dois meses no fim de 2014 nas ruas da ex-colônia britânica, onde ocuparam bairros inteiros até o desmantelamento dos acampamentos pelas autoridades em dezembro.

“Iniciaremos uma campanha para nos opormos a esta proposta e pediremos à população de Hong Kong que continue exigindo um verdadeiro sufrágio universal”, disse Alan Leong, do Partido Cívico, pró-democracia. O atual chefe executivo de Hong Kong, Leung Chun-ying, disse que o governo não dará qualquer fundamento para as demandas dos grupos pró-democracia. “Neste momento não vemos qualquer espaço para um compromisso”, disse Chun-ying. “O lançamento da reforma política não é fácil”, disse Leung, que foi escolhido a dedo por Pequim para comandar Hong Kong. “Se a reforma for vetada agora, acredito que levará anos para que possamos lançá-la novamente”, acrescentou.

Para ser aprovado, o pacote de reformas eleitorais precisa da aprovação de dois terços do Legislativo da cidade, ou 47 dos 70 votos. Como os legisladores pró-democracia possuem 27 cadeiras, o governo espera poder persuadir quatro membros a mudarem opinião. Embora Hong Kong seja parte da China, a cidade é governada como uma região especial administrativa, o que significa o direito a um sistema legal independente e certas liberdades civis que não são concedidas na China continental, como maior liberdade de expressão.

(Da redação)

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