Homem que atacou delegacia em Paris carregava símbolo do Estado Islâmico
O indivíduo foi morto pela polícia nesta quinta-feira após tentar invadir um posto policial na zona norte da capital francesa armado com uma faca e um cinturão-bomba falso
O homem que foi morto pela polícia francesa após a tentativa de um atentado em uma delegacia de Paris, nesta quinta-feira, carregava um celular e uma folha de papel com a bandeira do Estado Islâmico (EI) e uma declaração em árabe reivindicando a autoria do ataque. A informação foi divulgada pelo Ministério Público francês, que, em comunicado, disse que o ocorrido está sendo tratado como incidente terrorista.
Às 11h30 locais desta quinta-feira (8h30 em Brasília), um homem armado com uma faca e com um falso cinturão de explosivos tentou invadir uma delegacia do bairro de Goutte d’Or, no norte de Paris, gritando “allahu akbar” (Alá é grande). Ele foi morto a tiros pela polícia na frente do local. A tentativa de atentado aconteceu exatamente um ano após os ataques contra o semanário satírico Charlie Hebdo e um supermercado judaico, ambos na capital francesa.
No comunicado, o Ministério Público francês afirmou que a divisão antiterrorista da Promotoria de Paris assumiu a investigação da “tentativa de assassinato de pessoas depositárias de autoridade pública em relação a um projeto terrorista”. Em um breve pronunciamento à imprensa, o ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, disse que, “em um país com um nível de ameaça extremamente elevado, as forças da ordem estão plenamente mobilizadas”.
Desde os atentados de 13 de novembro que deixaram 130 mortos em Paris, a França está sob um rígido esquema de segurança em todo o país, sobretudo na capital e nas principais cidades.
Identidade – A identidade do homem morto pela polícia ainda não foi oficialmente confirmada. Porém, uma fonte ligada à investigação disse à agência France-Presse que as impressões digitais apontam que trata-se de um jovem morador de rua de 20 anos. Ele foi acusado por roubo em 2013 e, na época, identificou-se como Salah Ali, nascido em Casablanca, Marrocos.
Leia também
Um ano após atentados, ‘Charlie Hebdo’ ataca extremismo com humor
“A França não mudará”, diz Hollande em homenagem às vítimas dos atentados em Paris
(Da redação)