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Cuba promove ´limpeza social’ para receber papa Francisco

Havana escondeu mendigos e prendeu opositores para melhorar imagem

Por Nathalia Watkins 19 set 2015, 10h37

O governo cubano maquiou partes das cidades de Havana, Santiago de Cuba e Holguín, que recebem a visita de do papa Francisco a partir de hoje. A capital cubana, conhecida pela decadência, ruas esburacadas e prédios em estado de total abandono, teve os arredores da Nunciatura Apostólica, no bairro la Playa, magicamente transformados. Prédios foram pintados, ruas consertadas e limpas. O mesmo havia sido feito para as visitas dos pontífices anteriores que estiveram na ilha, João Paulo II, em 1998, e Bento XVI, em 2012.

Apesar da mensagem política de abertura que Havana busca transmitir ao mundo, outra maquiagem evidencia o caráter do regime. Segundo a Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN), milhares de mendigos, doentes mentais desabrigados e pedintes foram recolhidos e levados a um lugar não revelado. De acordo com a organização, o objetivo é manter essas pessoas longe da vista de peregrinos, jornalistas e turistas. Foram detidos também jornalistas independentes e pelo menos 17 membros das “Damas de Branco”, grupo que reúne familiares de presos políticos e protesta pacificamente participando de missas aos domingos em todo o país.

Havana anunciou o indulto de 3 552 presos por ocasião da visita, mas não mencionou os cerca de sessenta presos políticos e outros detidos sem julgamento. Em um comunicado publicado no jornal Granma, esclareceu que entre os libertados estão “pessoas com mais de 60 anos, jovens menores de 20 sem antecedentes criminais, doentes crônicos, mulheres e estrangeiros que serão repatriados” e que nenhum deles cometeu crimes graves como homicídios ou atentou contra a segurança do Estado.


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