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Para afrontar Israel, terroristas do Hamas promovem ‘tour’ em túnel

Equipe da agência Reuters foi levada vendada, por homens mascarados, a passagem clandestina. Objetivo do grupo terrorista é desafiar forças israelenses, que tiveram destruição de túneis como foco em operação

Por Da Redação
19 ago 2014, 17h07

Integrantes do Hamas inventaram mais forma de afrontar o governo israelense e reforçar sua posição contrária à paz na Faixa de Gaza. Vestidos de preto e armados com fuzis, terroristas se passaram por ‘guias’ em um tour por um túnel clandestino para uma equipe de jornalistas. O propósito foi mostrar que a rede de passagens subterrâneas segue ativa e Israel continua sob ameaça. “Estamos aqui falando com vocês de dentro de um desses túneis que Israel disse que tinha destruído. Nossos homens ainda estão operando nesses túneis, preparados para todas as opções”, disse um dos homens mascarados a um repórter da agência Reuters.

Artigo: Reflexões de um pai judeu sobre Gaza

Um dos principais objetivos da operação Limite Protetor, iniciada em 8 de julho, era justamente eliminar os túneis que representam uma ameaça para a população judaica que mora próxima à Faixa de Gaza, no oeste de Israel, em uma região que vinha sendo alcançada por terroristas através dessas passagens clandestinas. O Exército israelense informou que a operação militar eliminou as passagens próximas à fronteira, ignorando os túneis de comunicação mais distantes, incrustados dentro dos limites de Gaza. A rede de túneis é usada pelo grupo islâmico tanto para esconder e proteger seus militantes como para armazenar armas.

A equipe que visitou o túnel disse ter sido levada à entrada de olhos vendados. Antes de chegar ao local, o veículo que levou os jornalistas deu várias voltas para dificultar a orientação espacial. Os jornalistas também não puderam avançar até o final do túnel, que tinha ramificações, e não foi possível confirmar se alguma delas levava ao território israelense. A passagem visitada foi descrita como sólida, construída com estruturas pré-moldadas de concreto.

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Negociações suspensas – O Hamas também demonstrou que prefere mais mortes ao violar, mais uma vez, um cessar-fogo temporário. Nesta terça, depois de três foguetes caírem em território israelense, as negociações em busca de um acordo mais duradouro entre as partes foram suspensas. Os projéteis do Hamas caíram em locais descampados próximos à cidade israelense de Beerseheva pouco depois das 17 horas (11 horas de Brasília) e Israel respondeu menos de uma hora depois. A retomada das hostilidades levou muitos palestinos a recolherem seus pertences e retornarem às únicas áreas que consideram seguras: as escolas da ONU.

Esta foi a quarta trégua não cumprida, em um conflito que já tirou a vida de mais de 2.000 palestinos e 67 israelenses. O porta-voz do Hamas em Gaza, Sami Abu Zuhri, disse que o grupo estava disposto a seguir com as negociações intermediatas pelo Egito, sem deixar de fazer ameaças, ao dizer que o governo de Benjamin Netanyahu está “brincando com fogo”.

O primeiro-ministro israelense ordenou que a delegação do país abandonasse a mesa de negociações. “Fontes do governo disseram que as negociações sobre a trégua no Cairo colapsaram e que após o lançamento de foguetes a partir de Gaza o primeiro-ministro e o ministro da Defesa [Moshé Yaalon] ordenaram que a delegação israelense retornasse ao país”, explicou o jornal Haaretz. “As negociações de paz com o Hamas não servem aos interesses de segurança de Israel, portanto não há razão para prosseguir”, explicou o ministro israelense de Interior, Gideon Sa’ar, citado pelo jornal local Yedioth Ahronoth.

(Com agências Reuters e EFE)

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