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Testes britânicos apontam uso de gás sarin em massacre na Síria

O primeiro-ministro David Cameron aproveitou o início da cúpula do G20 para questionar o veto da oposição a uma intervenção militar contra Bashar Assad

Por Da Redação
5 set 2013, 16h38

Cientistas militares britânicos encontraram traços de gás sarin em amostras coletadas em pacientes que receberam tratamento depois do ataque do dia 21 de agosto, no subúrbio de Damasco, na Síria, que deixou mais de 1 400 mortos, segundo os EUA. A informação foi divulgada nesta quinta-feira pelo gabinete do primeiro-ministro David Cameron. “Examinamos amostras nos laboratórios de Porton Down, que mostram de novo o uso de armas químicas nos subúrbios de Damasco”, disse o premiê à rede britânica BBC. Os cientistas que analisaram as amostras retiradas de roupas e do solo acreditam que o material coletado não sofreu interferência no trajeto entre a capital síria e a base militar no sul da Grã-Bretanha. Os resultados serão compartilhados com as Nações Unidas, informou o gabinete de Cameron.

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Os testes foram realizados por especialistas britânicos nos últimos sete dias, e os resultados devem ser usados por Cameron para convencer o presidente russo Vladimir Putin a apoiar uma intervenção militar no país, ressaltou o jornal The Guardian. Para os serviços de inteligência britânicos, as forças rebeldes não teriam capacidade de manusear a quantidade de armas químicas utilizadas no massacre – argumento contrário ao defendido por Putin.

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As amostras analisadas na Grã-Bretanha são diferentes do material testado nos Estados Unidos, constituído basicamente por exemplares de cabelo e sangue. O secretário de estado John Kerry falou sobre os testes no domingo, e também afirmou que foram encontrados indícios da presença de gás sarin. Os resultados da investigação realizada por inspetores da ONU que estiveram no subúrbio de Damasco ainda não foram divulgados. A expectativa é que sejam revelados quando o Congresso americano estiver analisando se apoia ou não uma ofensiva contra a Síria. Os congressistas devem votar a proposta de ação militar na próxima semana.

Na abertura da cúpula do G20, em São Petersburgo, na Rússia, Cameron pontuou que os resultados apresentados pelos cientistas britânicos não diferem dos indícios levantados por outros países até o momento. “Todos os testes que foram feitos, incluindo os que nós estamos conduzindo em Porton Down, reforçam essa imagem. Eu não acredito que ninguém está negando seriamente que existiu um ataque com armas químicas. Acho que os russos aceitam isso, até os iranianos aceitam isso”. Na última semana, o premiê recuou no apoio à operação militar depois que o Parlamento rejeitou a proposta de atacar a Síria. “Eu assumo toda a responsabilidade pela decisão de consultar o Parlamento, pela decisão de tomar uma medida forte contra o massacre de crianças na Síria. Todos que votaram terão de conviver com o resultado da votação”, criticou Cameron.

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Obama também decidiu consultar os congressistas antes de agir militarmente. Cameron disse ter conversado com o presidente americano e reiterado que a decisão do Parlamento britânico será respeitada, independentemente de qual for o resultado da votação dos políticos americanos. “Assim como eu, Obama é um democrata e acredita que você deve ouvir as pessoas, você deve ouvir o Parlamento e respeitar o que foi decidido através da votação.” A Comissão de Relações Exteriores do Senado americano aprovou na quarta-feira uma resolução sobre um “ataque limitado”.

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