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Governo escocês lança campanha do ‘Sim’ à independência

Protejo prevê plebiscito no segundo semestre de 2014; pesquisa revela que somente um terço da população é favorável a estado autônomo

Por Da Redação
25 Maio 2012, 12h57

O chefe do governo escocês, Alex Salmond, lançou oficialmente nesta sexta-feira em Edimburgo a campanha do “Sim” para o referendo sobre a independência da Escócia do Reino Unido. A campanha recebeu o apoio de um de seus mais ilustres compatriotas, Sean Connery.

“Quero que a Escócia seja independente, não porque acredite que somos melhores do que qualquer outro país, mas porque somos tão competentes quanto qualquer outro país”, disse Salmond, líder do Partido Nacional Escocês (SNP), que deseja realizar a consulta no outono (hemisfério norte) de 2014, na apresentação “Yes Scotland”.

“Como estes outros países, nosso futuro, nossos recursos, nosso sucesso, devem estar em nossas próprias mãos”, acrescentou na cerimônia realizada em um cinema da capital escocesa que também contou com a participação de outros partidos, como os Verdes.

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Soberania – Salmond reafirmou que “as pessoas que vivem na Escócia estão melhor posicionadas para tomar as decisões que afetam a Escócia”, embora tenha advertido que seus adversários, “que são muitos, são ricos e poderosos”.

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Embora não estivesse presente, o ator Sean Connery, protagonista de alguns dos mais famosos filmes do agente secreto James Bond, enviou uma mensagem celebrando um “dia histórico para a Escócia”.

“A campanha do ‘Sim’ se concentrou em uma visão positiva da Escócia. Está arraigada na aceitação de todos, na igualdade e no princípio democrático central de que as pessoas da Escócia são as melhores guardiãs de seu próprio futuro”, escreveu o ator, obstinado defensor da independência.

Pesquisas – Segundo a última pesquisa YouGov, no entanto, apenas 33% se declaram favoráveis à independência, contra 57% que se opõem.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, que prometeu lutar para evitar uma ruptura do Reino Unido, aceitou em janeiro o princípio de um referendo e se mostrou disposto a ceder temporariamente ao parlamento semiautônomo escocês os poderes dos quais, segundo ele, carece para organizá-lo, desde que a consulta seja realizada sob suas condições.

A principal é que o referendo seja realizado o quanto antes – preferivelmente em meados de 2013 – porque considera que a incerteza está tendo um impacto negativo na economia, e outra é que a pergunta deve ser respondida apenas com um “Sim” ou “Não” à independência.

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Salmond não fechou, no entanto, a porta para uma terceira opção sobre uma maior autonomia dentro do Reino Unido, que seria a majoritária.

História – A Escócia, ligada à União desde 1707, tem atualmente competências em matéria de justiça, educação e saúde, mas Londres controla questões como a tributação, a defesa e a política externa.

O Partido Nacional Escocês (SNP, em inglês) de Salmond conquistou pela primeira vez em maio passado a maioria absoluta no parlamento semiautônomo criado em 1999 com a promessa de organizar este referendo na segunda metade da legislatura.

O ano de 2014 também será um ano rico em acontecimentos capazes de fortalecer o orgulho nacional escocês, com o 700º aniversário da batalha de Bannockburn em junho – uma famosa vitória escocesa sobre os ingleses -, os Jogos da Commonwealth em julho e agosto, e a famosa Ryder Cup de golfe em setembro.

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