Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Governo argentino sugere prisão da mãe do promotor Nisman

Uma pistola com o mesmo calibre da que matou Alberto Nisman foi encontrada na casa de Sara Garfunkel, mãe do procurador-geral encontrado morto

Por Da Redação
16 abr 2015, 21h16

O chefe de gabinete de Cristina Kirchner, Aníbal Fernández, afirmou nesta quinta-feira que se fosse responsável pelas investigações do caso Alberto Nisman “já teria mandado prender a mãe” do procurador-geral, cuja misteriosa morte em 18 de janeiro ainda não foi esclarecida. Em uma busca na casa de Sara Garfunkel, mãe de Nisman, foi encontrada uma pistola com o mesmo calibre da que o matou. A nova descoberta coloca em questão a versão de que Diego Lagomarsino, funcionário de confiança do procurador, foi o responsável pela entrega da arma que matou Nisman.

Na terça-feira, Sara Garfunkel informou à polícia argentina que encontrou uma arma junto a outros pertences que seu filho havia deixado em sua casa após seu divórcio, três anos atrás. Ela, no entanto, afirmou que não sabia da presença do objeto até o início de abril. A promotora do caso, Viviana Fein, ordenou então uma busca na residência de Garfunkel.

Leia mais:

Perícia de roupas de indiciado no caso Nisman dá negativo para sangue

Continua após a publicidade

Denúncia contra Cristina Kirchner sofre novo revés na Justiça argentina

Governo argentino denuncia advogado por publicar foto de corpo de Nisman

“O que fazia a pistola nas mãos da mãe?”, questionou o chefe de gabinete da presidente argentina. “A presença desta arma muda o eixo, deve ser a primeira vez que concordo com Arroyo Salgado”, afirmou à imprensa local, em referência a ex-mulher de Nisman, que, ao contrário de Viviana Fein, acredita que a nova descoberta é determinante para o caso. Aníbal Fernández questionou ainda o fato de a mãe de Nisman, pois pouco depois da morte do filho, ter tentado com a filha esvaziar o cofre que o promotor tinha em um banco da Argentina. “É impressionante, em pleno período de luto, o filho não tinha sido enterrado”, disse chefe de gabinete, lembrando que Sara Garfunkel não teria respeitado nem o período de luto estabelecido pela religião judaica, da qual é praticante.

Continua após a publicidade

Aníbal Fernández é conhecido pelos comentários diretos e duros contra todos os rivais do governo Kirchner. Não foi diferente com Nisman, encontrado morto pouco antes de apresentar no Congresso argentino detalhes de sua denúncia contra a presidente Cristina Kirchner e outros membros do governo acusados de acobertar a atuação do Irã para emperrar as investigações do atentado contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), que deixou 85 mortos e 300 feridos em 1994 em Buenos Aires. Ao saber que Nisman mantinha uma conta secreta em Nova York, semanas depois de sua morte, o chefe de gabinete de Cristina chegou a dizer que o promotor era um “sem vergonha” que usava dinheiro público para pagar mulheres e empregados sem utilidade.

Em março, reportagem de VEJA revelou que três ex-integrantes da cúpula de Hugo Chávez confirmam a conspiração denunciada por Nisman. Segundo eles, hoje exilados nos Estados Unidos, o Irã mandou dinheiro por intermédio da Venezuela para a campanha de Cristina Kirchner em troca de segredos nucleares e impunidade no caso Amia.

(Da redação)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.