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Genro de Bin Laden é condenado à prisão perpétua

Sulaiman Abu Ghaith tentou se distanciar dos ataques de 11 de setembro, mas promotoria apontou sua proximidade com o chefe da rede Al Qaeda

Por Da Redação
23 set 2014, 14h00

A Justiça americana condenou nesta terça-feira à prisão perpétua o terrorista Sulaiman Abu Ghaith, genro de Osama Bin Laden. A sentença de Ghaith foi anunciada em um tribunal de Manhattan, localizado a apenas algumas quadras do local dos atentados do 11 de setembro de 2001. Em março, ele já havia sido considerado culpado de “conspirar para matar cidadãos americanos”. Nascido no Kuwait, o clérigo é o principal aliado e conselheiro do chefe da Al Qaeda julgado em um tribunal dos Estados Unidos desde os atentados.

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Para convencer o júri a aplicar a sentença de prisão perpétua, a promotoria desconstruiu a narrativa empregada por Ghaith e seus advogados durante o julgamento. Ele disse por diversas vezes que não se envolveu diretamente com o planejamento ou execução de nenhum ataque terrorista. Sua função na Al Qaeda, segundo a defesa, era a de organizar as estratégias de propaganda da organização. Os promotores, no entanto, ressaltaram a proximidade de Ghaith e Bin Laden, mostrando vídeos em que o terrorista convocava muçulmanos a assassinar americanos.

“Ele era mais do que o ministro da propaganda de Bin Laden. Horas depois dos ataques do 11 de setembro, Ghaith usou a sua posição na hierarquia homicida da Al Qaeda para persuadir outras pessoas a jurarem lealdade ao propósito do grupo terrorista de matar mais americanos”, disse o promotor Preet Bharara, em comunicado após o anúncio da sentença. O diretor assistente do FBI em Nova York, George Venizelos, também aprovou o veredito. “Ele trabalhava para melhorar a reputação da Al Qaeda, oferecendo dicas e conselhos para a liderança da organização. Ele encorajou outros a abandonarem os princípios verdadeiros da fé e se aliar à ideologia corrompida da Al Qaeda”.

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Histórico – Ghaith declarou durante seu julgamento que não sabia dos planos para atacar os Estados Unidos em 2001, mas admitiu ter ouvido conversas de que “algo grande” estava por vir. Ele mudou sua família do Afeganistão para o Kuwait alguns dias antes dos atentados serem perpetrados. Após a destruição das Torres Gêmeas, Bin Laden convocou Ghaith e pediu para que ele o ajudasse a “enviar uma mensagem para o mundo”. Um vídeo gravado no dia seguinte aos ataques e exibido ao júri mostrava o terrorista sentado ao lado do fundador da Al Qaeda e de Ayman Al-Zawahri, o egípcio que assumiu a liderança da organização terrorista após a morte de Bin Laden, em 2011.

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