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Funcionários ucranianos são detidos em reunião transmitida ao vivo pela TV

'Num momento em que o país está em guerra, estamos contando cada centavo, e eles roubaram o povo e o Estado', disse o primeiro-ministro, que estava presente na reunião

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 21h37 - Publicado em 25 mar 2015, 12h57

Policiais ucranianos entraram numa reunião do governo, que era transmitida ao vivo nesta quarta-feira, e detiveram dois funcionários de alto escalão suspeitos de extorsão. A polícia algemou o chefe de serviços emergenciais Sergey Bochkovsky e seu vice, retirando calmamente os dois da sala onde era realizada a reunião de gabinete. O ministro do Interior Arsen Avakov disse que Bochkovsky e seu vice, Vasiliy Stoyetsky, são suspeitos de extorquir fornecedores de combustível em troca de propinas. Segundo a polícia, os funcionários teriam efetuado compras públicas de combustível “a preços muito mais elevados” que os de mercado e teriam embolsado a diferença.

“Isto não é um show, não é teatro”, declarou Avakov. “Decidimos que era necessário fazer desta forma, durante a reunião de gabinete, como uma inoculação, uma medida preventiva contra autoridades corruptas, que, infelizmente, temos muitas”. O governo ucraniano prometeu tomar ações firmes para acabar com a corrupção desenfreada. A forma como as prisões ocorreram parece ter como objetivo passar a impressão de que as medidas estão ganhando ritmo.

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A economia ucraniana, já prejudicada pela burocracia e pela corrupção, sofre também com a guerra no leste do país com separatistas pró-Rússia. O governo negociou um programa de crédito de 17,5 bilhões de dólares (52,5 bilhões de reais) com o Fundo Monetário Internacional (FMI) em troca de “reformas profundas e amplas”.

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Em declarações feitas após as prisões de Bochkovsky e de Stoyetsky, o primeiro-ministro Arseniy Yatsenyuk disse que pedirá ajuda aos governos ocidentais para rastrear fundos depositados em contas no exterior por funcionários do governo. Yatseniuk, que estava presente na reunião em que os dois funcionários foram presos, advertiu durante a detenção que isso “pode acontecer com qualquer um que viole a lei e que engane o Estado”. “Num momento em que o país está em guerra, estamos contando cada centavo, e eles roubaram o povo e o Estado”, acrescentou.

Estas prisões ocorrem horas após o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, anunciar a destituição do cargo e uma ordem de prisão para o governador da região de Dnipropetrovsk, Igor Kolomoisky. O poderoso magnata havia sido nomeado em março de 2014 para dirigir a região de Dnipropetrovsk, fronteiriça com as zonas controladas pelos separatistas pró-russos, que enfrentam o governo de Kiev desde abril passado, em um conflito que deixou mais de 6.000 mortos. Kolomoisky, que após o início do conflito com os rebeldes separatistas fundou uma milícia que foi muito efetiva na hora de resistir ao avanço dos pró-russos, foi acusado de utilizar a violência para proteger seu vasto império, que inclui entidades financeiras, empresas metalúrgicas e meios de comunicação.

(Da redação)

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