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França prepara novo gabinete após demissões de ministros

Líder do principal partido opositor pediu aos seus correligionários confiança no novo governo e negou que tinha flertado com a dissolução do Parlamento

Por Da Redação
26 ago 2014, 09h52

O primeiro-ministro da França, Manuel Valls, tentará formar um novo governo “pró-reforma” nesta terça-feira, um dia após a demissão inesperada de ministros rebeldes que haviam se oposto ao rigor orçamentário e à política econômica ditada pelo Palácio do Eliseu. Valls fará “uma busca ampla em sua base” para montar o segundo gabinete francês em cinco meses, antes de duras negociações tanto nacionalmente quanto com membros da União Europeia (UE) sobre o orçamento de 2015 da França. Segundo o Le Monde, Valls também tenta buscar políticos e apoios de outros partidos para contornar a crise política.

O anúncio dos novos ministros é aguardado para acontecer ainda nesta terça-feira. O Executivo francês quer apressar sua resposta à crise política para tentar se afirmar diante da sociedade, que assiste atônita a um mandato hesitante do presidente François Hollande. Valls entregou as cartas de demissões na segunda-feira, após o presidente Hollande ter decidido que o ministro da Economia, Arnaud Montebourg, havia ido longe demais ao atacar suas políticas econômicas e a “obsessão” alemã pela austeridade. Dois dos principais jornais da França, o conservador Le Figaro e o esquerdista Libéracion, resumiram o humor nesta terça-feira com a exata mesma manchete: “Crise do regime”. Além de Arnaud Montebourg (Economia) e Aurelie Filippetti (Cultura), o outro ministro que se demitiu foi Benoit Hamon, que comandava a pasta da Educação. A imprensa francesa especula que o novo gabinete de Hollande deve ter mais mudanças além das três já dadas como certas.

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Hollande usou o aniversário da libertação de Paris em 1944 frente à ocupação nazista, na segunda-feira, para traçar um paralelo com a França dos dias atuais. “Era um país em ruínas que encontrou em si mesmo a força para se levantar”, disse o presidente em seu pronunciamento. “Não conseguiremos nada sem esforços, sem abnegação, sem coragem… mesmo nos tempos mais difíceis, a política triunfará”, disse Hollande, o presidente menos popular da França desde que as pesquisas começaram, há mais 60 anos.

Não há crescimento na segunda maior economia da zona do euro, e o governo tem admitido que não cumprirá as metas fiscais acordadas com a UE, inclusive com a Alemanha. O mais recente sinal de fraqueza veio com o decadente setor imobiliário francês, na segunda-feira, quando o índice de casas novas em julho registrou uma queda de 10,8% na comparação anual, e chegou ao menor nível desde novembro de 1998.

(Com agência Reuters)

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