França abre investigação de homicídio culposo sobre acidente do avião da EgyptAir
Ainda não se sabe a causa do acidente que deixou 66 mortos no mês passado
A procuradoria de Paris abriu nesta segunda-feira uma investigação de homicídio culposo sobre a queda do voo MS804 da EgyptAir, porque não há evidências que apontem para terrorismo, afirmou uma porta-voz francesa. Hoje, os chips de memória da caixa-preta da aeronave foram enviados à França para reparo e, se recuperados, podem ajudar a solucionar o mistério.
No dia 19 de maio, após desaparecer dos radares, o Airbus que fazia o trajeto de Paris para o Cairo caiu no Mar Mediterrâneo próximo à ilha grega de Karpathos. Todas as 66 pessoas a bordo morreram. Destroços da aeronave foram encontrados no fundo do oceano, junto com as caixas-pretas do voo.
Diversas hipóteses sobre o motivo da queda foram consideradas, inclusive a possibilidade de um ataque terrorista. No entanto, nenhum grupo extremista reivindicou a autoria. “O procurador de Paris abriu hoje uma investigação completa sobre homicídio culposo”, ou seja, um ato acidental, informou a porta-voz francesa. Segundo as autoridades, as evidências atuais não estão apontando “de forma alguma” que o avião tenho sido derrubado como um ato deliberado.
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Até o momento, não é possível confirmar a verdadeira razão do acidente. O avião caiu em uma das partes mais fundas do Mediterrâneo e suas caixas-pretas, recuperadas na semana passada, foram gravemente danificadas. Após investigadores egípcios tentarem, sem sucesso, recuperar os arquivos, os chips de memória foram enviados à França para uma nova avaliação. Os dispositivos devem permitir que especialistas comecem a transcrever e analisar as gravações, que podem ter elementos essenciais sobre os fatos que levaram à queda.
(Com Reuters)