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Filho do presidente do Suriname é condenado por laços com Hezbollah

Dino Bouterse pega 16 anos de prisão por vínculos com o terrorismo islâmico. Seu pai, condenado por tráfico de drogas, esteve no Brasil a convite de Dilma Rousseff durante visita do papa Francisco

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 21h38 - Publicado em 11 mar 2015, 17h13

Além de centro de atividades ilícitas, o Suriname mantém laços com o terrorismo islâmico internacional. Na terça-feira 10, Dino Bouterse, o filho do presidente do país, foi condenado a dezesseis anos de prisão por uma corte de Nova York por tentar ajudar o grupo terrorista libanês Hezbollah.

Bouterse, que liderava uma unidade de contraterrorismo de seu país, foi detido no Panamá em 2013 quando aceitou receber 2 milhões de dólares de homens que se identificaram como sendo do Hezbollah. Em troca do dinheiro, Bouterse permitiu a abertura de campos de treinamento para dezenas de terroristas no Suriname. Os que fizeram a oferta, contudo, eram agentes americanos disfarçados.

Uma das principais fontes de financiamento do Hezbollah é o tráfico de drogas. O Suriname, que faz divisa com os estados brasileiros do do Pará e do Amapá, é um dos principais entrepostos da cocaína que sai da Colômbia e da Venezuela com direção à Europa, principalmente à Holanda.

​O pai de Dino e presidente do país, Desi Bouterse, foi condenado por uma corte da Holanda por tentar contrabandear cocaína a esse país. Ele também é acusado de ter matado quinze opositores em 1982, durante a ditadura que comandou. Apesar de a Interpol ter expedido uma ordem de prisão, em 2013, ele esteve no Brasil a convite da presidente Dilma Rousseff para acompanhar a visita do papa Francisco.

Dino, o filho, já esteve associado ao traficante brasileiro Leonardo Dias Mendonça. A organização dos dois, conhecida como Suri-Cartel, enviava aviões brasileiros carregados com cocaína da Colômbia para o Suriname e para a Guiana. Entre seus quadros estava Fernandinho Beira-Mar.

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O Suriname é um dos países listados nos relatórios do procurador argentino Alberto Nisman, que morreu misteriosamente em janeiro em Buenos Aires. Nisman afirmou que o Hezbollah construiu uma rede de apoio que incluía o Suriname, o Brasil, o Paraguai e o Chile.

O Hezbollah é o autor dos dois atentados terroristas em Buenos Aires. No último deles, em 1994, morreram 85 pessoas no ataque à organização judaica Amia.

(Da redação)

Os presidentes Dilma Rousseff (Brasil), Cristina Kirchner (Argentina), Evo Morales (Bolívia) e Dési Bouterse (Suriname) durante despedida do Papa Francisco na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro em 2013
Os presidentes Dilma Rousseff (Brasil), Cristina Kirchner (Argentina), Evo Morales (Bolívia) e Dési Bouterse (Suriname) durante despedida do Papa Francisco na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro em 2013 (VEJA)
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