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Filho de Pablo Escobar acusa ‘Narcos’ de esconder fatos históricos

Segundo Sebastián Marroquín, a série oculta o esquema organizado pelo DEA para lucrar com o tráfico de drogas na Colômbia

Por Da Redação
6 nov 2015, 12h44

Sebastián Marroquín tem um olhar tenso e quase nunca sorri. Filho de Pablo Escobar, viveu até a morte do pai, em 1993, entre tiros e bombas, primeiro mergulhado nos milhões de dólares que o tráfico rendia a Escobar, depois escondido para não ser alvejado pelo exército de inimigos espalhados pela Colômbia. Autor da biografia “Pablo Escobar – Meu Pai”, lançada no Brasil em junho com boas críticas, Marroquín, alcunha que usa para evitar o inferno que se tornou carregar no RG o mesmo nome do pai, acaba de ver a série “Narcos”, do canal Netflix, com muitas ressalvas. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, ele fez sérias acusações aos produtores, ao diretor José Padilha e critica o ator que interpreta seu pai, Wagner Moura.

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“Aquilo é um insulto à história da Colômbia e às milhares de famílias de vítimas do narcotráfico. Eles deveriam, primeiro, incluir capítulos para mostrar como a DEA (agência antidrogas dos EUA) cobrava de meu pai impostos para permitir que a cocaína entrasse nos EUA através do Aeroporto Internacional de Miami.” Afirma que há interesses políticos por trás do projeto e que ofereceu ajuda na curadoria, que foi negada pela produção.

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A Netflix informou que não se pronunciaria sobre as declarações. Neste momento, “Narcos 2” está em fase de gravação, sem data de estreia. Já o diretor José Padilha respondeu, por e-mail: “Tivemos muitas propostas de consultoria remunerada por familiares e ‘amigos’ de Escobar. Todas apresentadas a nós como bem intencionadas, mas sempre buscando remuneração. Algo do tipo: sei o que aconteceu com Pablo. Quanto você me paga para eu te contar?”. Marroquín rebate: “E Padilha crê que estamos no tempo da escravidão? Quer que a gente trabalhe de graça para ele?”.

Sobre o conteúdo da série, o diretor afirma: “Consultamos a DEA, que tinha todas as transcrições das gravações interceptadas de Pablo. Não achamos que os filhos de Pablo tivessem plena consciência do que se passava com seu pai. Além disso, as informações de diferentes familiares não batiam umas com as outras”. Marroquín voltou a responder: “O único que não tem consciência da história é o próprio Padilha. Por acaso ele é familiar de Pablo para conhecê-lo melhor que seus filhos?”.

(Com Estadão Conteúdo)

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