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Famílias separadas pela Guerra da Coreia se reúnem após 60 anos

Apesar da tensão que cercava o evento, que estava sob o riso de ser cancelado por Pyongyang, o reencontro começou de maneira emocionante

Por Da Redação
20 fev 2014, 08h04

A primeira reunião em três anos de famílias divididas pela Guerra da Coreia (1950 – 1953) começou nesta quinta-feira em um complexo hoteleiro no monte norte-coreano de Kumgang, com o reencontro coletivo de centenas de parentes do Norte e do Sul após mais de seis décadas de separação. Acompanhados por familiares, os 82 idosos sul-coreanos escolhidos para participar na primeira das duas rodadas de reuniões “se encontraram como estava previsto às 15 horas locais (3 horas de Brasília) com seus parentes do Norte”, informou uma porta-voz do Ministério da Unificação de Seul.

Entre as pessoas que participam do evento está Jang Chun, cujo irmão tinha 8 anos de idade quando o viu pela última vez – relata a CNN. Jang, um recruta norte-coreano durante a guerra, foi feito prisioneiro pelas forças da ONU na Coreia do Sul. Desde então, ele vivia no Sul, separado de sua família. Mas, quatro anos atrás, recebeu uma carta e várias fotos de sua família na Coreia do Norte, através da ajuda da Cruz Vermelha. As fotos em preto-e-branco mostram o casamento de seu irmão e outros eventos familiares que Jang perdeu após a separação. “Foi chocante”, Jang disse. “Eu nem sabia que eles estavam vivos. Embora eu esperasse que eles estivessem. Depois de ler a carta, comecei a chorar, eu estava cheio de alegria e tristeza”, completou.

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Dois participantes sul-coreanos, ambos com mais de 90 anos e com a saúde frágil, chegaram ao local de ambulância, um deles estava inclusive recebendo medicamento através de uma agulha em seu braço e uma bolsa plástica suspensa. Muitos participantes sul-coreanos, cientes da precariedade das condições no Norte, levaram presentes para seus familiares. Os mais populares foram coisas corriqueiras, como chocolates, mas houve também aqueles que levaram medicamentos.

As famílias permaneceram durante duas horas no salão de festas do resort de Kumgang, onde acontece a primeira reunião coletiva, e depois participaram de um jantar organizado pela Coreia do Norte. Nesta sexta, as famílias separadas pela guerra poderão desfrutar do reencontro com seus parentes com mais intimidade, em salas individuais. Eventos similares vão acontecer até o fim da primeira rodada de reuniões, no próximo sábado. (Continue lendo o texto)

Na segunda rodada de encontros, que começará no domingo, dia 23, e vai até terça-feira, dia 25, será a vez dos 88 norte-coreanos se encontrarem com até 360 parentes do Sul depois de mais de seis décadas de separação. Dadas às constantes tensões entre Seul e Pyongyang e, sobretudo, após a confirmação dos exercícios militares entre Coreia do Sul e Estados Unidos, o reencontro das famílias estava ameaçado. Seul e observadores temiam que Pyongyang cancelasse a reunião no último momento, frustrando centenas de pessoas.

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Espera-se que o histórico reencontro familiar iniciado nesta quinta, o 19º na história e o primeiro em três anos, seja o primeiro passo para uma etapa duradoura de paz e entendimento entre as duas Coreias, depois de anos de tensão. A Guerra da Coreia confirmou a divisão da península coreana em dois e, desde então, centenas de milhares de pessoas não puderam recuperar o contato com seus parentes do outro lado da fronteira.

(Com agência EFE)

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