Família de refém do EI recebe áudio com pedido de clemência
O Estado Islâmico também divulgou um novo vídeo em que um refém britânico aparece lendo ameaças contras as nações que combatem o grupo
A família de Alan Henning, um dos britânicos reféns do jihadistas do Estado Islâmico (EI), afirmou nesta terça-feira ter recebido uma mensagem em aúdio em que ele implora por sua vida. O taxista de 47 anos foi sequestrado pelos terroristas em dezembro do ano passado, quando fazia um trabalho voluntário na Síria, e foi ameaçado no último vídeo divulgado pelo EI, que exibiu a decapitação de outro britânico, David Haines.
A mulher de Henning, Barbara, divulgou um apelo aos terroristas no último fim de semana, mas afirma que o grupo “continua a ignorar” os apelos para que “abram seus corações e suas mentes”. “Ele estava trabalhando com muçulmanos para ajudar os mais vulneráveis na Síria. Ele foi lá para ajudar seus amigos muçulmanos a entregar ajuda. (…) Por favor, libertem Alan”, disse ela, segundo um comunicado divulgado pela chancelaria britânica e reproduzido pela rede BBC.
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Haines foi o terceiro refém a ter sua execução usada como arma de propaganda pelos terroristas. Antes dele, a tática de chocar com a divulgação de decapitações fez vítimas dois jornalistas americanos.
Vídeo – O Estado Islâmico também tem usado outro refém britânico, o fotojornalista John Cantlie, para divulgar suas mensagens. Um segundo vídeo com Cantlie foi publicado nesta terça. Nas imagens, o fotojornalista diz ter sido abandonado pelo governo britânico e critica os EUA e nações europeias como França, Dinamarca e Grã-Bretanha por cooperarem com Washington no combate ao grupo. (Continue lendo o texto)
O vídeo, o segundo de uma série que usa o britânico como uma espécie de porta-voz das ameaças dos terroristas, foi publicado em sites usados pelo grupo jihadista horas depois de os EUA e aliados do Oriente Médio conduzirem o primeiro bombardeio aéreo contra o EI em território sírio.
“Desde o Vietnã não testemunhamos uma situação tão potencialmente catastrófica”, afirma. Ele também citou os funcionários do Congresso americano e analistas aposentados da CIA que questionaram a decisão de aumentar a intervenção militar.
Cantlie foi capturado em novembro de 2012 junto com o jornalista James Foley, um dos americanos decapitados pelos selvagens do EI.
(Com Estadão Conteúdo)