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Família de jornalista decapitado diz que EI violou o Islã

Porta-voz diz que chefe do grupo terrorista cometeu “grande pecado”

Por Da Redação
4 set 2014, 18h48

Por meio de um porta-voz, a família do jornalista americano Steven Sotloff mandou uma mensagem ao chefe do Estado Islâmico (EI) Abu Bakr al-Baghdadi, afirmando que ele cometeu um pecado ao autorizar a execução de Sotloff. “Você diz que o Ramadã é o mês da clemência. Onde está sua clemência?”, disse Barak Barfi, citando o termo ‘wayluk’, cuja tradução significa algo como “grande pecado”, informou a rede americana CNN. Em seguida, ele mencionou passagens do Corão, questionando o chefe terrorista sobre o motivo de ter violado os princípios do Islã. “Venho em paz, não tenho uma espada na mão, estou pronto para escutar sua resposta”, disse, em árabe.

Barfi, que é amigo da família, disse também, em inglês, que Sotloff “não era um viciado em guerra, queria apenas dar voz aos que não eram ouvidos”. Pesquisador de assuntos árabes e islâmicos do New America Foundation, ele falou ainda sobre o estado de espírito dos parentes do jornalista, ressaltando que ela vai se manter firme na busca por Justiça. “Hoje, nós sofremos. Essa semana, lamentamos. Mas superaremos essa provocação. Não vamos deixar nossos inimigos nos manterem reféns com a única arma que têm à disposição, o medo”.

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Na terça-feira, o Estado Islâmico divulgou um vídeo com a decapitação do jornalista, dias depois de a mãe de Sotloff divulgar uma mensagem a Baghdadi, implorando pela vida do filho. No mesmo vídeo em que Sotloff é executado, os terroristas ameaçam mais um refém, o britânico David Haines, que também tem cidadania israelense e foi sequestrado na Síria.

Justiça – Os Estados Unidos e países europeus têm discutido quais as alternativas para combater o EI, que tem avançado em territórios no Iraque e na Síria. O secretário de Defesa americano, Chuck Hagel, disse que todas as opções “estão na mesa” neste momento, com exceção de uma operação terrestre no Iraque. O país poderá inclusive bombardear a cidade síria de Raqqa, onde os terroristas ergueram a principal fortaleza do grupo na região. “Assim como o presidente (Barack Obama) disse, esta operação deverá ser mantida com nossos esforços. Ela levará tempo, e provavelmente se arrastará para além desta administração até que possamos derrotá-los”, afirmou Hagel.

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O vice-presidente Joe Biden também endossou o discurso de fazer Justiça pelos americanos executados, afirmando que os Estados Unidos irão “até os portões do inferno” para encontrar os assassinos. “Somos uma nação unida, e quando as pessoas machucam americanos, nós não recuamos, não esquecemos. Tomamos conta dos que estão sofrendo. E quando isso terminar, eles (terroristas) devem saber que iremos aos portões do inferno até que eles sejam trazidos à Justiça”, declarou Biden.

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