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Ex-prisioneiro de Guantánamo diz “admirar” atos praticados pela al-Qaeda

O sírio Jihad Deyab, que estava refugiado no Uruguai e ingressou ilegalmente no Brasil, diz que passou a compartilhar dos ideais da rede terrorista depois nos doze anos na prisão

Por Leonardo Coutinho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 25 jun 2016, 09h59

O sírio Jihad Ahmad Deyab, que segundo as autoridades uruguaias deixou o país e ingressou ilegalmente no Brasil, se diz um injustiçado. Ele é um dos seis ex-prisioneiros de Guantánamo que foram recebidos pelo Uruguai em dezembro de 2012, como parte dos esforços do presidente Barack Obama para fechar o presídio de Guantánamo.

Classificado como “alto risco” para segurança dos Estados Unidos e seus aliados, Deyab não podia ser libertado em solo americano, ou enviado para seu país natal, onde pesa conta ele uma condenação à morte por tráfico de armas e terrorismo.

Embora fosse dono de uma ficha de arrepiar, o sírio era um incômodo para administração Obama, devido às constantes greves de fome que fazia. A solução encontrada foi escachá-lo para o Uruguai, com a expectativa que o governo local fosse capaz de mantê-lo sob vigilância.

Em março desde ano, o sírio concedeu uma entrevista à revista uruguaia Búsqueda, na qual ele afirmou ser um simpatizante da organização terrorista fundada por Osama bin Laden.

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Deyab disse que foi preso injustamente e que passou a admirar e a concordar com o terrorismo praticado pela al Qaeda, no período em que passou na prisão. “Eu nunca tive nada com a al Qaeda, mas com os maus-tratos que recebi, agora gosto da al Qaeda”, disse o Sírio que foi vítima de sessões de tortura na prisão.

A radicalização de Deyab fica evidente quando ele afirma considerar os atentados terroristas como uma “reação natural” ao inimigo e dever do muçulmano frente aos inimigos. “Quando o homem muçulmano é agredido reage. Se alguém o agride em sua casa, qual é sua obrigação? Lutar e defender sua família e lar. Se os Estados Unidos quer ir ao nosso país, levar o que é nosso, tomar nossa liberdade, agredir nosso povo, então há uma reação natural”.

Tanto a Polícia Federal brasileira quanto funcionários dos órgãos de inteligência dos Estados Unidos estão investigando o paradeiro de Deyab. Os investigadores temem que da mesma forma que ele entrou, ele pode ter saído sem ser identificado pelas autoridades.

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