Ex-premiê da Tailândia volta ao país apesar de ameaça judicial
Yingluck Shinawatra enfrenta acusações de má conduta em programa de compra de arroz e foi forçada a deixar o governo em maio
A ex-primeira-ministra tailandesa Yingluck Shinawatra voltou para casa após uma viagem internacional, colocando fim à especulação de que ela ficaria longe do país depois de ser forçada a deixar o cargo. Promotores na Tailândia avaliam se vão indiciar a ex-premiê por má conduta em um programa de subsídio alimentar. Se o caso avançar nos tribunais e ela for condenada, poderá ser banida da política e condenada à prisão.
Yingluck havia deixado o país no dia 23 de julho depois de receber autorização da junta militar que comanda o país para ir à Europa participar de uma festa de aniversário de seu irmão, o também ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, que vive no exílio desde 2008. Ela chegou ao aeroporto Don Muang, em Bangcoc, perto da meia-noite deste domingo, segundo seu assistente Wim Roongwattanajinda. Ele informou que os advogados da ex-premiê estão prontos para atuar no caso.
A Comissão Nacional Anticorrupção do país afirma que a ex-governante falhou em conter perdas de bilhões de dólares no programa de compra de arroz que a ajudou a chegar ao poder em 2011. Ela nega as acusações.
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No dia 7 de maio, o Tribunal Constitucional tailandês decidiu pelo impeachment da premiê por considerar que a governante violou a carta magna do país e cometeu abuso de poder ao substituir um funcionário do alto escalão. No dia 22 do mesmo mês, os militares depuseram o governo. Yingluck e outras lideranças políticas chegaram a ser detidos depois do golpe. Uma junta militar está no controle do país até a escolha de um novo primeiro-ministro e a formação de um gabinete que deverá comandar o processo eleitoral, previsto para ocorrer no final do ano que vem.
(Com agência Reuters)