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Ex-premiê espanhol defenderá líderes opositores venezuelanos

Felipe González aceitou fazer parte da defesa de Leopoldo López e Antonio Ledezma, os dois principais presos políticos opositores do regime venezuelano

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 21h37 - Publicado em 23 mar 2015, 16h13

O ex-primeiro-ministro espanhol Felipe González aceitou defender os líderes oposicionistas Leopoldo López e Antonio Ledezma, os dois principais presos políticos do regime venezuelano. López é acusado de organizar os protestos contra o governo de Nicolás Maduro, ocorridos no ano passado, e de depredação de patrimônio público e privado. Ledezma é acusado de conspiração contra o governo. Fontes próximas confirmaram que familiares e advogados dos opositores presos entraram em contato com o político espanhol para pedir sua “ajuda” e “colaboração”.

Segundo o jornal espanhol El País, a decisão de González pretende romper com o silêncio da maioria dos governos latino-americanos diante dos abusos do regime chavista. A iniciativa se deve também ao contínuo desrespeito aos direitos humanos na Venezuela e à ausência de garantias jurídicas aos acusados, presos na penitenciária militar de Ramo Verde, localizada a 30 quilômetros de Caracas.

Diversas instâncias internacionais fracassaram em tentar mediar a crise na Venezuela. A mulher do prefeito Antonio Ledezma, Mitzy Capriles, fez recentemente uma visita ao Parlamento Europeu e Madri e recebeu o apoio dos principais partidos políticos espanhóis, que se comprometeram a defender os direitos humanos e os cidadãos da Venezuela. Ela também foi apoiada pelo Conselho Europeu, que se pronunciou contra a detenção dos opositores. Pedidos pela libertação vieram também da ONU, de governos americanos e de instituições como a Anistia Internacional e a Human Rights Watch, porém não foram atendidos.

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Leopoldo López está encarcerado há mais de um ano, acusado de planejar os eventos de 12 de fevereiro de 2014 – data das primeiras grandes manifestações contra o governo de Nicolás Maduro em Caracas. Também responde por danos ao patrimônio, provocação de incêndio, formação de quadrilha e incitação à prática de um crime. Se for condenado, ele pode ficar até dez anos atrás das grades.

Prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, foi detido em fevereiro deste ano em seu escritório por agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin, a polícia política da Venezuela). Horas depois da prisão, em uma transmissão de rádio e televisão, Maduro o acusou de estar planejando um golpe de Estado em parceria com López e com a deputada cassada María Corina Machado. A “prova” usada para justificar a prisão do prefeito foi uma carta aberta publicada na imprensa que pedia união da oposição contra o governo. Durante o comunicado, Maduro qualificou Ledezma como um “vampiro” e ameaçou os signatários do documento com um “punho de ferro chavista”.

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O partido liderado por Leopoldo López, Vontade Popular (VP), havia anunciado em fevereiro que o advogado canadense Irwin Cotler, conhecido por defender o líder sul-africano Nelson Mandela, seria o representante legal do político. A defesa de López, no entanto, não deu informações sobre a permanência de Cotler no caso e nem se ele seria substituído por González.

A ONG venezuelana Foro Penal calcula que atualmente 102 pessoas cumprem pena ou estão sendo processadas por casos relacionados à violência política na Venezuela. A instituição também denuncia a arbitrariedade das prisões.

(Da redação)

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